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SOCORRISTAS DO CBMDF ESTRANHAM EXPLICAÇÃO DO QUADRO PERGUNTE AO DOUTOR DO DFTV 1º EDIÇÃO

O DFTV 1º edição da Rede Globo, no dia 09/08 exibiu o quadro Pergunte ao Doutor, onde explicaram sobre Reanimação Cardiorrespiratória em criança afogada e que Bombeiros Militares da Seção de Doutrina, Ensino e Pesquisa do Grupamento de Atendimento Pré-Hospitalar acompanharam com estranheza a divulgação da matéria.
Os bombeiros estranharam que a matéria demonstrava a técnica de Reanimação Cardiorrespiratória em criança afogada. Embora tivesse sido demonstrada pelo médico Luiz Antônio Silva, pediatra de reconhecida competência no Distrito Federal, nos vimos na obrigação de realizar apontamentos contrários à conduta técnica demonstrada pelo referido profissional, a fim de que prevaleça a correção da informação.
      Assista o trecho da matéria que despertou estranheza:
1. A parada cardiorrespiratória (PCR) decorrente do afogamento é tida pela American Heart Association (AHA) e o Internacional Liaison Committee on Ressuscitation como uma situação especial de PCR e que, por isso, segue condutas específicas para o caso. Nesse sentido, é estabelecido pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, com base no European Resuscitation Council Guidelines For Ressuscitacion for 2015 - Section 4 (Cardiac arrest in special circumstances), que logo após se constatar a ausência de respiração na vítima, o socorrista deve executar 05 (cinco) ventilações de resgate e não 02 (duas), como ensinou o consultor do programa. É útil enfatizar que tal procedimento visa a maior oxigenação do paciente, visto a privação de oxigênio em consequência do afogamento.
2. Aos 2min57s da matéria, o consultor inicia a seguinte explicação: "Embora seja um bebê, o que nós vamos mostrar aqui pode ser feito para todos as idades". Segue-se daí o que consideramos o mais grave do veiculado. É ensinado ao público a forma de posicionamento das mãos no tórax do bebê. Ora, compressões torácicas (massagem cardíaca) realizadas com mãos na posição informada traz grande risco de fratura torácica em indivíduos com a compleição física semelhante ao manequim utilizado, já que nessa faixa-etária é sabida a existência de maior fragilidade óssea. A forma de posicionamento das mãos apresentada na demonstração somente é preconizada para adultos ou crianças com maior compleição física, geralmente a partir dos 10 anos de idade. É relevante reforçar que tal conduta oferece grande risco de fratura torácica em um bebê.
    Sendo o compromisso com a verdade e com o correto uma premissa do jornalismo responsável, torna-se extremante necessária a imediata correção da informação veiculada, sob risco de condutas semelhantes serem aplicadas pelo grande público do telejornal. Por fim, colocamo-nos à disposição por meio da Seção de Doutrina, Ensino e Pesquisa do Grupamento de Atendimento de Emergência Pré-Hospitalar, para maiores esclarecimentos sobre a tema apresentado. Atenciosamente, Seção de Doutrina, Ensino e Pesquisa/GAEPH/CBMDF Equipe de instrutores.


Por Bombeiros DF

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