“ Estamos
nesse momento trabalhando na possibilidade para ter um acordo para a
votação da reforma política. Principalmente no tema que diz
respeito ao novo sistema eleitoral. Buscamos um entendimento de uma
intermediaria entre o Distrital e o Distritão” afirmou o
ex-presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS). Para o
deputado, superada esta fase da reforma política, costurado esse
acordo, embora a votação não se encerre apenas com a votação da
Câmara a discussão vai ainda até o final deste mês.
Impactar
o Debate
Maia
chama atenção para o pedido de abertura de investigação da
Procuradoria Geral da República contra Michel Temer que “deve
chegar, de novo, à Câmara”. Alguns dizem que chega com menos
força em razão da situação frágil do procurador atual, Rodrigo
Janot, mas para Maia, “os elementos probatórios e as delações,
principalmente, de Lúcio Funaro, esse novo delator, são de que há
provas muito fortes, “contundentes, cabais e que irão impactar o
debate da sociedade e também o debate na Câmara”. Deveremos
entrar o mês de outubro, discutindo o pedido de investigação do
Supremo Tribunal Federal contra o presidente Temer, acentuou o
petista.
Não
realização de eleições
Na
minha compreensão, avalia Marco Maia, não está descartada a não
realização de eleição no próximo ano porque “ se esses setores
que deram o golpe perceberem que existe a mínima possibilidade de
perderem a eleição, podem construir um debate, uma discussão e um
clima, no Congresso para não realizar as eleições. Tenho visto
declarações das mais variadas possíveis, inclusive, aqueles que
acham que para o bem do País, a estabilidade da economia uma eleição
agora será muito ruim. São aqueles que já enxergam a possibilidade
de o Lula concorrer à presidência e com isso romper o golpe que foi
dado no ano passado. ”
Sem
plano B
Para
o deputado, o PT não trabalha com o plano B. Está trabalhando com o
Plano A, Lula candidato. “ Ter uma eleição e o Lula estar
inviabilizado de concorrer o PT teria nomes como: Jacques Wagner, por
exemplo, um nome forte, governador que se reelegeu na Bahia e vem do
Nordeste brasileiro, portanto, é uma possibilidade. Um Tarso Genro,
que pode ser candidato, ex-governador do Rio Grande do Sul, foi
ministro. O PT tem nomes que em qualquer circunstância poderiam
enfrentar uma eleição. ”
Admite
Alianças
Marco
Maia admite que o PT pode também buscar alianças: discutir com o
PDT, com PCdoB. Mesmo o PSB que hoje está na base aliada de Michel
Temer pode, ali na frente, lançar uma candidatura mais à esquerda.
Maia não concorda com o deputado Afonso Motta (coluna de ontem) de
um crescimento maior do Geraldo Alckmin. Ele acha que o governador de
São Paulo, é um candidato que não atende a esquerda, não atende a
direita e tem profunda dificuldade de dialogar com o centro direita e
o centro esquerda. O Centrão, argumenta o petista, não se sentiria
à vontade numa candidatura de Alckmin. Na opinião de Maia, uma
candidatura que poderia crescer, seria de João Dória. “Não pelo
PSDB, mas talvez por um outro partido menor”.
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