Nas
eleições de 2018 o senhor pretende concorrer a que cargo?
Meu
nome está a disposição do partido para concorrerá a qualquer
cargo, inclusive ao governo do Distrito Federal, porém entendo que
teria que ter pelo menos mais um mandato para me candidatar ao GDF,
creio que um projeto desse seria mais viável em 2022.
O
senhor será candidato à reeleição ao senado?
Não
sei se serei candidato ao senado. Avaliarei com meu grupo político
no momento certo. Esse é o momento de trabalhar pelo DF, vamos
deixar para tomar essa decisão mais na frente. Porém, não quero
perder a oportunidade de ser deputado federal como aconteceu com o
ex-senador Gim Argello. Se a eleição fosse hoje eu seria candidato
a federal. A disputa ao senado em 2018 será muito concorrida.
Quais
são os pré-candidatos ao senado que o senhor considera mais fortes?
Considero
o senador Cristovam Buarque (PPS) e o ex-deputado federal Jofran
Frejat (PR). Não pretendo disputar o senado contra Cristovam e
Frejat.
O
senhor acredita que Jofran Frejat concorra ao senado ao invés de
disputar o governo do DF?
Sim,
acredito que o candidatura do Frejat seja mais favorável para o
senado. Seria a consagração de sua carreira.
O
senhor foi o primeiro suplente de Rodrigo Rollemberg. Porque houve um
rompimento entre vocês?
O
governador Rodrigo Rollemberg descumpriu o plano de governo
apresentado nas eleições de 2014. Assim que ele assumiu o governo
ele rompeu com esses compromissos. Esse foi o motivo do meu
rompimento com ele.
Porque
o senhor votou contra o seu partido na Reforma Trabalhista?
O
método usado pelo Planalto na votação da Reforma Trabalhista me
fez votar contrário ao projeto. Isso me causou uma retaliação por
meio da perda de cargos indicados por mim no Governo Federal. Até
hoje estou afastado do governo, mas não vejo problema em me
reaproximar do partido.
Porque
você trocou o PMB pelo PMDB?
O
PMB foi um sonho de verão. Sai da sigla por falta de cumprimento da
presidente nacional. Ela não honrou os compromissos assumidos nem
comigo no DF e praticamente em nenhum dos demais estados. O partido
nasceu forte e em seguida foi esvaziado.
Vários
membros do seu grupo político estão filiados ao PEN, esse pode ser
o seu plano B nas eleições de 2018?
Sim.
Existe
um plano C?
O
PP pode ser o plano C.
Em
2010 o senhor foi candidato pela esquerda. Em 2014 você apoiou a
terceira via. Que grupo você fará parte nas eleições de 2018?
Meu
desejo era apoiar o Reguffe para o governo, comigo disputando uma
vaga ao senado.
Reguffe
prometeu nas eleições de 2014 que não seria candidato em 2018 e
cumpriria seu mandato no senado até 2022. Você acredita que ele
quebrará essa promessa?
Acredito
que o Reguffe possa rever seu compromisso em não ser candidato em
2018. O principal motivo para isso é o clamor da população. Ele
tem despontado nas pesquisas como o primeiro colocado. Esse é o
desejo da população e isso pode fazer com que ele venha candidato a
governador em 2018.
O
senhor considera um erro ter disponibilizado seu nome para concorrer
a uma vaga na Câmara Legislativa em 2014 e não ter feito campanha?
Foi
um erro sim. O que ocorreu foi que a convenção do PSD, partido que
eu fazia parte na época, ocorreu antes da sigla fechar apoio ao PSB.
Nessa convenção meu nome foi aprovado para disputar uma vaga de
deputado distrital. Se o PSD não apoiasse o Rollemberg eu teria
feito campanha para distrital. Como eu era o primeiro suplente do
Rollemberg eu preferi me dedicar a campanha do governador e assumir o
mandato de senador, como aconteceu. Não fiz campanha e mesmo assim
tive seis votos, se tivesse feito campanha para distrital o resultado
teria sido outro.
Como
é ter feito parte da história do PT e hoje fazer parte do PMDB,
partido acusado pelo PT de ter dado um golpe. Isso te incomoda?
Hoje
não existe mais partido limpo. Nas próximas eleições a população
votará mais em propostas e nas pessoas independente da sigla.
Essa
sua afirmação não põe em xeque a existência dos partidos?
Infelizmente
sim. E se for aprovado o distritão o enfraquecimento dos partidos
será ainda maior.
Existe
alguma possibilidade do senhor voltar para os quadros do PT?
Não
acredito no retorno ao PT. Quem sai do PT sai por motivos geralmente
imperdoáveis.
Porque
você decidiu sair do partido, tendo em vista sua militância por 30
anos no PT?
Conversei
com a cúpula do PT sobre os escândalos de corrupção que assolavam
o partido. Ninguém me ouviu. Três meses depois o partido estampava
as manchetes por corrupção. Esse foi o motivo para minha saída do
PT.
O
senhor é a favor do estado do Entorno?
Não
sou favorável porque a médio prazo criaríamos o entorno do
entorno.
*
A Coluna é escrita por Sandro Gianelli e publicada de segunda a
sexta no Blog do Sandro Gianelli, no Jornal Alô Brasília e no
Portal Alô Brasília.
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