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DF MANTÉM QUEDA NO NÚMERO DE HOMICÍDIOS E DE CRIME CONTA O PATRIMÔNIO

Pelo terceiro mês consecutivo, os seis tipos de crimes contra o patrimônio acompanhados pelo Viva Brasília — Nosso Pacto pela Vida, principal política de segurança pública do governo do Distrito Federal, apresentaram queda.
A redução no número de homicídios também se manteve. Foram 37 ocorrências em setembro, contra 58 no mesmo período do ano passado — a menor taxa mensal desde 2002.
Se considerado o acumulado do ano, a diminuição é de 95 casos, a menor quantidade desde o início da série histórica, em 2000.
Os dados constam do balanço mensal da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, apresentado na tarde desta quarta-feira (4).
Para o secretário, Edval Novaes, o decréscimo de 9 dos 12 crimes monitorados dentro da série é resultado de um trabalho conjunto das forças de segurança e de outros órgãos do governo.
Trata-se de uma redução significativa, ainda mais quando, infelizmente, temos a maioria dos estados brasileiros com esses índices subindo”, comparou Novaes.
Casos de roubo em transporte coletivo, que até junho preocupavam o governo — quando houve alta de 11,8% —, são alguns dos exemplos de crimes que foram combatidos com o suporte de ações integradas.
Para o subsecretário de Fiscalização, Auditoria e Controle, da Secretaria de Mobilidade, Felipe Leonardo, as ocorrências, que tiveram queda de 5% no período comparado, tendem a cair ainda mais nos próximos meses com a crescente utilização do Bilhete Único pelos passageiros.
O bilhete veio não apenas para reduzir custos para a população, mas ele também retira dos ônibus a circulação de dinheiro, o que vai desestimular o crime”, explicou Leonardo.
De acordo com o subsecretário, com o apoio dos órgãos de segurança, a Mobilidade está em fase final de planejamento para implementação do botão do pânico e de GPS nos ônibus.
Esforço para aumentar a sensação de segurança
Em agosto, o governo definiu o combate ao medo como o quinto eixo do Viva Brasília. Um dos principais pilares para alcançar o objetivo é a redução de desordens urbanas.
Presente na coletiva do balanço, o secretário das Cidades, Marcos Dantas, ressaltou que o trabalho é feito com base no mapeamento passado pela Secretaria da Segurança Pública, que identifica os principais pontos de criminalidade e de sensação de insegurança, não necessariamente coincidentes.
Como exemplo, Dantas citou a recuperação de praças com poda de árvores, pintura e reparação de calçadas. “Com isso, a população passa a ocupar novamente esses espaços.” Segundo ele, antes dessa restauração, muitos lugares são vistos como inseguros.
Características do estupro dificultam o combate
O estupro foi o único crime que teve aumento no número de casos em setembro: 53 ocorrências neste ano, contra 52 no mesmo mês de 2016. Registrados — ou seja, informados à polícia em setembro de 2017, mas não necessariamente ocorridos na época — foram 77 e, no ano passado, 71.
As características do crime, na visão do secretário da Segurança Pública, dificultam o combate. No estupro a vulneráveis (a maior parte, com 45 casos), por exemplo, 72% das vítimas moram com o autor. Em 93% das ocorrências, há vínculo entre a vítima e o criminoso.
A coordenadora de Políticas para Mulheres, da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Miriam Pondaag, destacou que o governo tem tomado várias medidas para enfrentar a violência sexual. Entre elas, está a constituição de um grupo intersetorial para mobilizar a rede de serviços que atende as vítimas.
O grupo, segundo Miriam, foi criado assim que houve o indicativo do crescimento de registros, “e elegemos o território de Ceilândia como piloto para as primeiras ações”, informou a coordenadora.
Ainda em outubro, a região administrativa receberá um seminário com representantes de vários órgãos e da sociedade civil para discutir a metodologia de atendimento.
Além disso, será debatido no encontro o estabelecimento de um fluxo que aumente a interligação entre as iniciativas do Estado para assistir as vítimas de forma mais qualificada e preventiva.

“Prevenir a violência é desconstruir uma cultura patriarcal, que ainda coloca as mulheres em situação de objetos, que podem ser apropriados, usados e abusados, e essa é uma desconstrução de séculos de desigualdade, o que leva tempo”, concluiu.
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