Depois
de acertar a filiação ontem ao PMDB, Ibaneis Rocha telefonou para
vários políticos para dar a notícia.
Por Ana Maria Campos
A notícia de que o
ex-presidente da OAB Ibaneis Rocha vai se filiar ao PMDB em
solenidade na próxima semana chegou como uma bomba no grupo político
que vinha discutindo uma possível aliança contra a reeleição do
governador Rodrigo Rollemberg (PSB). Foi uma sinalização de que o
partido do ex-vice-governador Tadeu Filippelli vai trabalhar para ter
candidato próprio ao Palácio do Buriti, uma vez que Ibaneis não
entra no jogo para brigar por qualquer posição política. Entre os
representantes do DEM, PR, PTB e de outras legendas que discutiam um
projeto único, ficaram as dúvidas: E Jofran Frejat (PR)? Como o
líder das pesquisas de opinião se encaixa nesse grupo agora? Haverá
um racha? Duas chapas? Será possível uma composição? Logo depois
de fechar com o PMDB, Ibaneis Rocha disse à coluna: “Esse é um
importante passo para que não haja WO na próxima eleição”.
Palavras de um pré-candidato ao governo. Frejat não gostou. “O
que é estranho para mim é que o grupo estava conversando e não
houve uma comunicação prévia sobre essa filiação”, disse. “Mas
o que me surpreende é que eu ainda me supreenda”, reclamou.
Esclarecimentos pelo
telefone
Depois de acertar a filiação
ontem ao PMDB, Ibaneis Rocha telefonou para vários políticos para
dar a notícia. O telefone de Jofran Frejat tocou às 14h34, uma hora
e meia depois de o blog CB.Poder divulgar o acordo fechado para a
solenidade no partido, que ocorrerá na próxima quinta-feira na sede
nacional do PMDB. Frejat não pôde atender porque estava no
dentista. Minutos depois, quando conversou com Ibaneis, ouviu a
declaração de que o projeto é conjunto e ele abrirá mão de ser
candidato caso outra pessoa reúna melhores condições para
concorrer. Mas Frejat não acreditou. Acha que os planos do
ex-presidente da OAB/DF são mesmo de concorrer ao Palácio do
Buriti.
Alírio convida Flávia
Arruda para ser vice
Um dos que ficou bastante
incomodado com o acordo entre Tadeu Filippelli e Ibaneis Rocha foi o
presidente do PTB, Alírio Neto. Na sequência da notícia, ele
correu para a casa do ex-governador José Roberto Arruda (PR) e
convidou a mulher dele, Flávia Peres Arruda, para ser a vice na
chapa que pretende encabeçar como candidato ao governo. Alírio foi
recebido com sorrisos, pão de queijo e café, mas o casal respondeu
que vai conversar com Frejat e consultar aliados antes de se
posicionar. “Para mim, Filippelli rompeu com o grupo”, reclama
Alírio. “A política é feita de gestos. O nome do PMDB para a
negociação era do próprio Filippelli. Nesse jogo não há
substituições”, apontou.
Adversário
O ex-governador José
Roberto Arruda é um dos críticos da possível candidatura de
Ibaneis Rocha. Ele avalia que a OAB/DF, na gestão de Estefânia
Viveiros, aliada de Ibaneis, teve uma postura política contrária ao
seu governo.
Fraga apóia Filippelli
O presidente do DEM, Alberto
Fraga, defendeu ontem a aproximação do PMDB com Ibaneis Rocha.
Fraga esteve à tarde na casa do presidente regional do partido,
Tadeu Filippelli, para entender o cenário. Saiu de lá com a
convicção de que as negociações continuam. “Não tem nada
acertado que Ibaneis será cabeça de chapa”, disse Fraga à
coluna. Ele, na verdade, centrou fogo à possível candidatura de
Alírio Neto: “Será que ele acha que tem condições? As pessoas
só podem botar o chapéu onde alcançarem para pegar de volta”,
ironizou.
Com Bolsonaro
Alberto Fraga também se
apresenta como pré-candidato ao Buriti. “Tenho apoio do (Jair)
Bolsonaro. Não é pouca coisa”, disse. “Além disso, quatro
partidos me apóiam. São pequenos, mas estão comigo. Eu tenho
condições de fazer estrago na campanha de Rollemberg”, desafia o
deputado do DEM.
Magela quer ser distrital
Em mensagem distribuída
entre petistas, o ex-deputado Geraldo Magela (PT) revela seus planos
para 2018: vai disputar um mandato de deputado distrital. Ele conta,
sem dar o motivo, que seus planos de governar o DF serão adiados e
também não pretende concorrer ao Senado para não deflagrar um
processo de prévias na legenda. Então, vai tentar voltar para a
Câmara Legislativa.
Banho de espuma
Na posse ontem na Secretaria
Especial de Projetos Estratégicos, o ex-governadora Maria de Lourdes
Abadia (PSDB) soltou uma frase enigmática: “Não vim ao mundo para
tomar banho de espuma ou esquiar. Meu compromisso é com os mais
pobres”, disse, sem citar nomes. Quem vai vestir a carapuça?
Tucana convicta
Ainda no discurso de posse,
a ex-governadora contou ter esquecido o broche de tucano por causa da
pressa, mas garantiu que não sai de casa sem o símbolo do PSDB na
lapela.
Fonte: Correio Braziliense
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