Por Ricardo Callado
O socialista Rodrigo
Rollemberg (PSB) é de esquerda. Se elegeu tendo como vice Renato
Santana (PSD), que não é de direita nem de esquerda. E ainda teve o
apoio dos senadores esquerdistas Cristovam Buarque (PPS) e José
Antônio Reguffe (sem partido).
No início do governo,
elegeu para a presidência da Câmara Legislativa a deputada
rorizista Celina Leão, antes filiada ao esquerdista PDT e hoje no
esquerdista PPS. Depois o governo apoiou o direitista Agaciel Maia
(PR), que perdeu para o esquerdista e ex-secretário de Rollemberg,
Joe Vale (PDT).
Seu primeiro líder do
governo foi o então tucano e hoje PPS Raimundo Ribeiro,
ex-secretário do governo José Roberto Arruda (PR). O atual líder
de Rollemberg é Agaciel Maia, ligado ao ex-presidente José Sarney,
e do mesmo partido de Arruda. Entre Ribeiro e Maia, ainda teve o
evangélico de direita Rodrigo Delmasso (Podemos).
Cristovam, Reguffe, Celina,
Ribeiro e até o próprio vice Santana podem ser classificados como
oposição ao governo. Maia e Delmasso continuam firmes ao socialismo
de Rollemberg.
Em outra ponta temos o PT,
que mantém cargos no Palácio do Buriti, mas faz uma oposição de
mentirinha. Petistas articulam sua nominata para 2018, inclusive com
o ex-governador Agnelo Queiroz como candidato a deputado federal. E
ressuscitam nomes como o de Arlete Sampaio. O PT do DF não se
renovou. Erro comum entre todas as legendas.
Se o PT faz oposição ao
governo de esquerda de Rollemberg, uma ala dissidente do PSDB,
comandada pela ex-governadora Maria de Lourdes Abadia, embarca no
socialismo moreno de Rollemberg.
O vice do PT em 2014, Tadeu
Filippelli (PMDB), articula com partidos de direita como o PR e PTB.
E traz para a legenda o ex-presidente da OAB-DF, Ibaneis Rocha, um
antigo aliado do PT.
Segundo colocado ao GDF em
2014, o ex-deputado Jofran Frejat, é cortejado por grupos de direita
e de esquerda. Hoje, lidera as pesquisas, mas não é favorito.
Ninguém é.
O eleitor observa esse saco
de gatos que virou a política. Não existe ideologia, nem projeto de
governo. O que há é uma briga pelo poder – ou pela permanência
dele.
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