Por Marlos Ápyus
No que Mark Zuckerberg prometeu priorizar amigos e família no Facebook, fechou as portas para publicações de qualquer viés.
No que Mark Zuckerberg prometeu priorizar amigos e família no Facebook, fechou as portas para publicações de qualquer viés.
A
afirmação de que a vitória de Donald Trump veio da influência de
notícias falsas era, em si uma, notícia falsa. Pois não havia
estudo sério servindo de base ao argumento. Um que mergulhou a fundo
na questão – o FiveThirtyEight –
concluiu que a vitória republicana veio, inclusive, de uma
notícia verdadeira:
a reabertura da investigação sobre os emails de Hillary Clinton –
e o abrupto engavetamento da mesma não deve ter somado votos.
Mas
apontar o dedo para notícias falsas – se brincar, a candidata
democrata fez ainda mais uso delas – foi uma forma encontrada pela
esquerda de todo o Ocidente para retomar as rédeas na web, uma vez
que já comandava as principais agências de “fact-checking” que
passariam a arbitrar as redes sociais.
O
alvo principal, claro, era o Facebook, que praticamente monopoliza
este mercado. Mas o Google, dono de fatia semelhante dos motores de
busca, não estava tão distante. Contudo, a esquerda foi com muita
sede ao pote e logo pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão
– ou o “ministério da verdade” virtual.
Contra
a gigante das buscas, atacou o modelo de negócios, acusando-a de
monetizar com publicidade projetos extremistas. Contra a rede de Mark
Zuckerberg, insinuou conivência por intermédio da veiculação de
publicidade russa durante a eleição americana.
Se
houve contra-ataque do Google, não foi feito o devido barulho. Mas
dois ex-funcionários, de certa forma, reagiram e acionaram a empresa
na Justiça por ter se rendido a tais censores.
A
resposta do Facebook veio no 12 de janeiro. E, com ela, uma perda
robusta de valor de mercado. Se a esquerda não queria que a direita
tivesse voz no principal produto de Zuckerberg, o bilionário atendeu
ao pedido e praticamente não mais dará espaço a notícias no
Facebook.
Ou
seja… Não terá política. Nem direita, nem esquerda.
Todavia,
ainda que o tiro tenha atingido o próprio pé esquerdo, o resultado
continua sendo vantajoso para os vermelhos. Pois, renascida das
cinzas, a direita não tinha muita coisa valiosa além de páginas
com milhões de assinantes. Quanto ao esquerdismo, segue comandando
as principais redações e basicamente qualquer grupo formador de
opinião.
Fonte: Senso In Comum
Fonte: Senso In Comum
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