Por Deborah Fortuna
Por meio das redes sociais, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, deu um recado à população, ao assegurar que as Forças Armadas estão "atentos às suas missões institucionais", e que o órgão repudia a impunidade. A declaração foi feita ao mesmo tempo em que ocorriam manifestações pelo país contra o habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado em segunda instância. O julgamento será realizado nesta quarta-feira, no Supremo Tribunal Federal (STF).
Por meio das redes sociais, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, deu um recado à população, ao assegurar que as Forças Armadas estão "atentos às suas missões institucionais", e que o órgão repudia a impunidade. A declaração foi feita ao mesmo tempo em que ocorriam manifestações pelo país contra o habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado em segunda instância. O julgamento será realizado nesta quarta-feira, no Supremo Tribunal Federal (STF).
"Nessa situação que
vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem
realmente está pensando no bem do País e das gerações futuras, e
quem está preocupado apenas com interesses pessoais?", indagou
Villas Boas, em sua conta no Twitter. Segundos mais tarde, ele
completou: "Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga
compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à
impunidade e de respeito à Constituição, à paz social, e à
Democracia, bem como se mantém atento às suas missões
institucionais", publicou.
As reações à declaração
foram variadas. Os dois textos, juntos, tiveram mais de 10 mil
curtidas em menos de uma hora, e mais de 4 mil compartilhamentos. De
um lado, usuários do microblog parabenizaram ao general pela
posição, enquanto outros questionaram se isso daria margem ao
entendimento de uma possível intervenção militar.
Ainda nesta terça-feira,
mais cedo, o general de Exército da reserva Luiz Gonzaga Schroeder
Lessa afirmou que se o STF deixar Lula solto, estará agindo como
“indutor” da violência entre os brasileiros, e que não restará
outra alternativa a não ser intervenção militar. “Se acontecer
tanta rasteira e mudança da lei, aí eu não tenho dúvidas de que
só resta o recurso à reação armada. E aí é dever da Força
Armada restaurar a ordem. Mas não creio que chegaremos lá”,
completou.
No ano passado, o general do
Exército Antonio Hamilton Martins Mourão também foi parte de uma
polêmica relacionado ao papel das Forças Armadas. Ele falou três
vezes na possibilidade de intervenção militar diante da crise
enfrentada pelo país, caso a situação não fosse resolvida pelas
próprias instituições. "Ou as instituições solucionam o
problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida
pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então
nós teremos que impor isso", disse à época. Em dezembro, ele
foi exonerado do cargo por causa das polêmicas afirmações.
Fonte: Correio Braziliense
Fonte: Correio Braziliense
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