Com
a operação Verde Vivo, governo de Brasília se antecipa ao período
da seca e já implementa ações de prevenção às queimadas em todo
o território.
Como
forma de prevenir incêndios florestais, o Corpo de Bombeiros Militar
do Distrito Federal organiza uma série de atividades no âmbito da
Operação
Verde Vivo.
Dividida
em quatro fases, a mobilização ocorre de forma gradual e acompanha
a variação da umidade relativa do ar e da quantidade de focos de
incêndio. O
DF está na fase 1, momento em que os bombeiros passam por
capacitação.
Uma
das medidas de prevenção a queimadas foi a definição do estado de
emergência ambiental no DF, feita pelo Decreto nº 38.993, publicado
na quinta-feira (19). Por meio dele, o governo de Brasília fica
autorizado a restringir ou suspender autorizações para a queima de
áreas agricultáveis.
Além
disso, a norma dá sinal verde para a intensificação
de ações de educação ambiental,
como as blitze educativas, e de fiscalização. Outra garantia
proporcionada pelo decreto é a possibilidade de compra emergencial
de material para combate a incêndios florestais. No entanto, esse
expediente só será usado em situações excepcionais.
Em
anos anteriores, o estado de emergência ambiental era decretado
quando o período da seca já estava instaurado — em maio ou junho.
Em 2018, a opção de adiantar a publicação da norma visa a uma
maior eficácia.
“Foi
um momento excelente para a instituição do decreto. A fase 1 é a
hora de fazermos a conscientização da comunidade e a capacitação
dos militares”, explica o comandante do Grupamento de Proteção
Ambiental (Gpram) do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Ricardo
Vianna.
Participação
da comunidade é fundamental para evitar queimadas
A
população do DF tem papel primordial no combate ao aparecimento de
focos de incêndio. Para isso, deve-se evitar
atear fogo a restos de poda de árvores e a entulhos,
sob pena de responder por crime ambiental.
Provocar
incêndios florestais, de forma intencional ou por acidente, rende
punição em instâncias variadas. Os autores respondem em esfera
administrativa — com multa, por exemplo — e criminal, por dolo ou
culpa. Em todos os casos, é obrigatório
recompor a vegetação destruída.
A
prevenção é enfatizada em campanhas de conscientização e nas
blitze educativas, como explica a subsecretária de Serviços
Ecossistêmicos da Secretaria de Meio Ambiente, Nazaré Soares.
“A
mudança de comportamento se resolve no longo prazo. Ainda
enfrentamos, todos os anos, a questão cultural de que o fogo resolve
problemas. Infelizmente, no Cerrado, ele é o gerador de vários
deles”, destaca.
Uma
blitz educativa já foi feita, em 7 de abril, no Lago Oeste, e quatro
estão programadas até julho:
-
5 de maio — na BR-080, próximo à Floresta Nacional de Brasília
-
23 de maio — nas proximidades da Estação Ecológica de Águas Emendadas
-
26 de maio — nas imediações do Jardim Botânico
-
14 de julho — na via de acesso ao Park Way
Apesar
das dificuldades, o DF tem conseguido reduzir a área total queimada
no território nos últimos anos. De acordo com o Corpo de Bombeiros,
em 2017 foram atendidas 10.105 ocorrências de incêndios florestais,
em 16.331,37 hectares. Em 2016, foram 6.944 ocorrências dessa
natureza, com 17.441,95 hectares consumidos pelas chamas. Em 2018,
até então, foram registrados 36 chamados para combate a incêndios
florestais, com 14 hectares queimados.
“Os
dados mostram que o fogo, em 2017, não se alastrou tanto quanto em
anos anteriores. Isso foi possível graças à melhoria no tempo de
resposta do Corpo de Bombeiros e à atuação dos brigadistas
voluntários”, avalia a subsecretária.
Fases
da Operação Verde Vivo:
1ª
fase: abril
e maio
Esta
etapa foca na conscientização da comunidade, em especial dos
moradores de áreas rurais. O objetivo é reforçar os perigos de
atear fogo a lixo e a restos de podas de árvore. É também o
período em que bombeiros são capacitados para atuar no combate a
incêndios no Cerrado.
2ª
fase: junho
e julho
A
partir desse estágio, unidades do Corpo de Bombeiros na Asa Norte,
em Brazlândia, na Candangolândia, no Recanto das Emas, em Santa
Maria e em Taguatinga ficam de prontidão para o combate às chamas.
3ª
fase: de
agosto a outubro
É
o período mais crítico da seca, em que os casos de queimadas tendem
a aumentar consideravelmente. É quando todas as unidades do Corpo de
Bombeiros ficam mobilizadas para o atendimento a casos de incêndios
no Cerrado. Por dia, cerca de 300 militares se dedicam integralmente
ao enfrentamento do fogo. O efetivo pode chegar a 1,5 mil bombeiros
por dia.
4ª
fase: novembro
O
início das chuvas permite a desmobilização gradual das equipes
destacadas exclusivamente para as queimadas.
Fonte: Agência Brasília
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