No
ano eleitoral, a maioria dos 24 deputados distritais não está nem
aí se é imoral ou não o gasto de R$ 25,3 mil mensais do dinheiro
público para pagar aluguel de escritórios, aluguel de carro, compra
de combustível e contratação de cabos eleitorais. O projeto que
acaba com o fim da verba indenizatória pode ficar novamente sem ser
votado nesta terça-feira (03).
Por
Toni Duarte
Para
os veículos de comunicação, os deputados distritais juram de pés
juntos e ensaiam o mesmo discurso caso sejam questionados sobre o fim
da verba indenizatória. “Claro que somos a favor”.
Mas
na prática, a maioria rejeita a proposta do presidente da Câmara
Legislativa, Joe Valle (PDT), que deste o início da legislatura
tenta, sem sucesso, acabar com uma farra indecorosa que corrói mais
de 27 milhões por ano dos cofres públicos. Uma grana que nenhum dos
distritais tinha antes de ter o mandato.
Do
mês de fevereiro até agora, a proposta que põe um fim na verba
indenizatória que os 24 deputados distritais têm direito, um
dinheiro extra que ajuda a turbinar os seus mandatos ficou sem ser
debatida por falta de quórum. Nas 12 vezes que foi colocada em pauta
provocou a debandada de suas excelências do plenário.
Em
conversa ontem com o Radar, Joe Valle afirmou que irá colocar a
proposta novamente em discussão do plenário nesta tarde de
terça-feira (03). “Essa proposta é uma exigência da sociedade.
Espero que o texto seja aprovado”, disse.
AÇÃO
NO MINISTÉRIO PÚBLICO
E
não é apenas Joe Valle que se queixa da falta de compromisso da
maioria de seus colegas de parlamento. O advogado e pré-candidato a
deputado distrital Carlos Alberto Araújo Souza (Avante), voltou a
informar o Radar que ficará atento pela aprovação ou não do texto
na sessão de hoje.
“Se
houver novamente a debandada do plenário para não votar o fim da
verba indenizatória daremos entrada no dia seguinte com uma
provocação ao Ministério Público do Distrito Federal, para
obrigar os deputados distritais a votarem a propostas”, disse Dr.
Carlos.
O
advogado classificou o penduricalho como “imoral e inaceitável”
e que a falta de quórum para votar a medida “é um deboche contra
a população”.
Fonte: Radar DF
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