Por Mino Pedrosa
A
janela partidária que se fecha neste sábado (7) revela uma
confirmação de que a família Roriz negocia o nome do patriarca.
Desde o lançamento da pré-candidatura de Jofran Frejat (PR-DF) ao
governo do Distrito Federal o verdadeiro amigo e fiel escudeiro de
décadas de Joaquim Roriz, teve o apoio garantido da matriarca
Weslian Roriz. Acontece que o governador Rodrigo Rollemberg,
trabalhou nos bastidores com a sua principal aliada, deputada
distrital, Liliane Roriz. Ás promessas foram muitas e faz até
voltar ao túnel do tempo nas eleições de 2014.
O
candidato ao senado era Gim Argello e foi negociado por seis milhões
de reais e um ano de mandato para a sua suplente Weslian Roriz. A
negociação se estendeu às filhas Liliane e Jaqueline Roriz, com
1,5 milhão para cada. O repasse foi feito por meio das cinco
empreiteiras investigadas na operação Lava Jato que repassavam aos
partidos e Liliane Roriz e Jaqueline recebiam em dinheiro vivo. Este
colunista denunciou com exclusividade o pagamento de propina para Gim
Argello que culminou com a prisão na Operação Lava Jato. Liliane
Roriz, foi eleita deputada distrital, Jacqueline Roriz teve a sua
candidatura cassada, Gim Argello perdeu a eleição e hoje está no
presídio em Curitiba.
Na
família Roriz apenas a matriarca e o neto Joaquim estão
credenciados pela justiça para disputar um cargo eletivo. Já,
Liliane e Jaqueline são consideradas pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) fichas-sujas e estão inelegíveis.
Jofran
Frejat ao anunciar seu plano de governo excluiu apoio de pessoas com
interesses escusos que não se encaixam no projeto de resgatar
Brasília do caos. Certamente foi o que causou o abandono de alguns
“aliados” que se diziam fazer parte do grupo. Alírio Neto,
marionete do ex-governador José Roberto Arruda saltou do barco sem
coletes salva-vidas lançando candidatura própria ao GDF. Como ele
outros também fizeram o mesmo.
Já a
família Roriz recebeu de Rollemberg uma boia inflada pelo Partido
Republicado da Ordem Social (PROS). Não é preciso ser cientista
político para entender o jogo de cintura de Rollemberg. Recentemente
Eurípedes Júnior, presidente nacional do PROS esteve negociando o
partido com o Buriti. A presidente do partido no DF, deputada, Telma
Rufino, faz parte da base aliada de Rollemberg e já declarou
publicamente fidelidade a reeleição do governador. Liliane Roriz,
claro, fantoche de Rollemberg na Câmara Distrital. Nos bastidores
também declara apoio a Rollemberg. E agora, Eliana Pedrosa, quatro
anos sem mandato, com empresas precisando do GDF lança uma
candidatura de “oposição” a Rollemberg, camuflando os
interesses comerciais. Mas, na verdade o PROS estará alinhado com o
Partido Socialista Brasileiro (PSB).
Eliana
Pedrosa já percorreu quase, se não foram todos os partidos.
Ensaiando uma candidatura majoritária. Mas, certamente vai disputar
uma cadeira na Câmara Federal enterrando a candidatura de Hélio
José que sonha em permanecer no Congresso Nacional. Vale lembrar que
Joaquim Domingos Roriz Neto, filho da ex-deputada
federal Jaqueline Roriz, também busca uma cadeira na Câmara
Federal.
Com
todo esse imbróglio Rollemberg vem dando demonstrações de
habilidade política. Montou uma nominata costurando com alguns
partidos que vão se aliar com a máquina do governo que está
alimentando a todo vapor o jogo do toma lá da cá. Com isso o
segundo turno está garantindo.
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