Por Renata Nagashima
Grupo
foi batizado de Kazera, nome que faz referência à palavra
"caserna", que corresponde ao alojamento dos soldados na
guerra e hoje também é empregado para referir-se a quartel
“No
trabalho, salvamos vidas. Na folga, animamos a galera com nossa
música”. É assim que os integrantes da banda Kazerna, formada
apenas por bombeiros, se define. Marcelo Brandão, 29 anos,
vocalista; Tex, 49, guitarrista; Walisson Pereira Godoi, 29,
baixista; e Eduardo Mendes, 31, baterista, se uniram para fazer o que
gostam nas horas vagas: muito rock and roll.
O
primeiro ensaio da banda foi há dois anos, com uma formação
diferente, já que Tex ainda não conhecia os demais integrantes. O
caminho dos quatro se cruzou no Corpo de Bombeiros Militar do DF,
apesar de Walisson pertencer à corporação em Goiânia. Devido às
escalas de trabalho dos bombeiros, os ensaios são feitos tanto em
Brasília, em um estúdio de produção do guitarrista, quanto em um
espaço construído na casa de Marcelo na capital de Goiás. “Nos
apresentamos em Goiânia também, por ser uma cidade supermusical,
com o cenário de rock muito forte ao contrário do que pensam”,
destaca Tex.
O
nome Kazera foi escolhido por fazer referência à palavra “caserna”,
que corresponde ao alojamento dos soldados na guerra. Hoje também é
empregado para referir-se a quartel. Walisson busca ser mais poético
ao destacar que o nome da banda significa um local livre da espreita,
um refúgio do caos. “É assim que nos sentimos quando estamos
tocando. Uma celebração à verdadeira amizade, à cultura, às
motocicletas e ao rock.”
O
vocalista Marcelo Brandão é bombeiro há sete anos, atualmente
serve no 36º Grupamento de Bombeiro Militar, no Recanto das Emas,
com Eduardo e Tex. Para ele, a banda é seu refúgio da pressão do
trabalho. “Depois da música, a ansiedade e o estresse praticamente
desapareceram. Passei também a conhecer mais lugares e pessoas”,
admite.
Reconexão
Formado
em musicoterapia, o goiano Eduardo Campos é bombeiro há oito anos,
mas sempre teve a música ao seu lado. “A banda representa um
encontro e espaço para dividir com amigos, em que a diversão e a
alegria são o que mais importa. Além de ter proporcionado minha
reconexão com a música, vi que é possível encontrar talentos
dentro da corporação”, disse.
Walisson
Pereira é médico veterinário por formação, mas atua como
bombeiro militar há sete anos no 1° Batalhão de Bombeiros Militar,
em Goiânia. “Esse novo projeto ainda está no começo, mas, assim
como no serviço de bombeiro, sempre buscamos evoluir e treinar para
levar o melhor a todos.” Para o baixista, a banda representa a
conquista de um desejo de infância. “Assim como uma criança que
sonha em um dia ter uma banda de rock e se tornar bombeiro. Posso
dizer que sou realizado, pois atingi os dois.”
Oportunidade
Bombeiro
há 25 anos, o guitarrista Raimundo Nonato de Souza Chaves, 49 anos,
conhecido por todos como Tex, era músico profissional, formado no
exterior, antes de ingressar na corporação. Com carreira
consolidada, CDs lançados e turnê internacional, Tex se sentiu
realizado ao ter a oportunidade de tocar com o grupo. “A banda
reúne gerações diferentes, mas com o compromisso de fazer um som
homogêneo e de qualidade”, aponta.
Apesar
de pouco tempo na estrada, o grupo tem muitos planos para o futuro,
como se apresentar em grandes festivais de música do DF e Goiânia,
a gravação de um CD autoral, já que Marcelo e Walisson têm
composições próprias de outros projetos.
"Depois
da música, a ansiedade e o estresse praticamente desapareceram.
Passei também a conhecer mais lugares e pessoas”
Marcelo
Brandão, vocalista
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