Por
Bombeiros DF
Os
bastidores das casernas estão pegando fogo. O anúncio da
apresentação de uma proposta de restruturação de carreira começou
a tomar corpo nas tropas, capitaneada por dois aliados do governador
Rollemberg: Roosevelt Vilella e o coronel Cláudio Ribas, ex-chefe da
Casa Militar do DF.
Na
cabeça dos idealizadores, provavelmente esse é o peixe que foi
apresentado ao governador, a proposta vem para resolver a questão
que envolve as promoções dentro das corporações desde a criação
da atual lei 12.086/09, causadas por eles mesmo no passado.
Mas
nas casernas a interpretação da proposta não foi no rumo que os
protagonistas imaginavam. Ela resolve pontualmente os problemas de um
grupo de militares que está na ativa, mas em nenhum momento
contempla aqueles que já foram para a reserva. Além disso, a
proposta foi desenvolvida por um pequeno grupo sem que todos fossem
consultados sobre o que deveria ser efetivamente proposto, inclusive
os comandantes gerais das corporações que, segundo fontes, afirmam
desconhecer a proposta, pois apenas apresentaram os seus efeitos e
não o seu conteúdo.
A
proposta apresentada como solução de problemas recorrentes do
passado
trás
novamente em seu conteúdo
um novo imbróglio para
32% dos militares
incorporados
no CBMDF depois de 2003,
pois estes
militares
não
podem ultrapassar a topo da carreira com menos de 18 anos de
efetivo serviço, tempo superior
que um agente da Polícia Civil leva para atingir o
topo
de sua
carreira com
13 anos de efetivo serviço.
A
forma de apresentar a restruturação foi equivocada, uma
vez que não foi feita uma costura política nos bastidores para
que ela tivesse efetividade, um erro que pode colocar toda a
esperança de uma possível restruturação por terra. O apoio do
governo federal numa possível restruturação é o principal, pois
sem a sua participação não pode ser apresentada a tal medida
provisória ou projeto de lei. Destarte, o governo federal tem maioria na câmara, mas
tem como oposição o partido do chefe do executivo local o PSB, fato
que pode decretar o natimorto da proposta.
Mas
em ano eleitoral o que vale é a intenção e não o
resultado. É pensando nisso que os idealizadores da
proposta querem se escorar na possível restruturação para
capitanear votos com o pensamento de “eu fiz a coisa nascer, não
foi pra frente, agora preciso ir para a CLDF”.
Nas
tropas a máxima é clara: “Precisamos de resultados práticos e
não promessas. Façam a coisa certa para todos, obtenham o resultado
e terão o voto”, simples assim.
1 Comentários
Plano de carreira é pra quem está na carreira. O inativo não mais faz parte deste grupo. A proposta é excelente e, como sempre, tem gente que rema contra aqueles que estão na base das carreiras militares do DF . Avalio que politiqueiros são aqueles que estão contra a proposta. Nenhuma readequação de nenhuma categoria contempla aposentados/inativos/pensionistas. Deixemos isso para um segundo momento e vamos fazer essa proposta acontecer, independente de ideologia política ou de "quem vai ser o pai da criança ".
ResponderExcluirObrigado pela sugestão.