Por Linda M.
A
cantora Toni Braxton teve uma mala extraviada com jóias, incluindo
um anel avaliado em R$ 16 milhões. No Brasil, Ticiane Pinheiro fala
abertamente que não devolveria.
Hoje
é Thanksgiving na América. Enquanto isso, em um programa matinal no
Brasil, são contadas as curiosidades de outros países envolvendo ou
não famosos. Eis que a cantora Toni Braxton teve sua mala extraviada
em uma viagem nacional na América. Dentro de sua bagagem estavam
algumas jóias, dentre elas seu anel de noivado avaliado em R$
16.000.000,00.
A
mala foi encontrada, mas as jóias e o anel não. A cantora fez um
apelo para que a ajudem a reencontrar o anel. Após a notícia, a
triste realidade brasileira das palavras das apresentadoras. Ana
Hickman levemente debochou da cantora que despachou as jóias na mala
e Ticiane Pinheiro realmente nos matou de vergonha e fez jus a
terrível fama de malandro do brasileiro dizendo, cheia de orgulho,
que se encontrasse o anel não devolveria, afinal, dá para comprar
um apartamento, garantir a faculdade dos filhos.
Esse
é um recorte de parte da mentalidade brasileira, que não valoriza
as virtudes, mas ri de quem espera do outro que aja retamente. E não
se inibe de dizer isso, ainda que se alegue tom de brincadeira, em
rede nacional, naturalmente acostumada com tudo que está errado
nesse país.
E
foi assim que nos anestesiamos diante de tantos crimes, porque se
toma por normal o furto de uma jóia de dentro de uma mala despachada
em uma companhia aérea. Não estamos nem sequer falando de uma bolsa
esquecida em uma área pública, mas de uma prestação de serviços
paga.
E
assim vamos trilhando o caminho para nos acostumarmos com todo tipo
de desvio de conduta até, gradativamente, nos acostumarmos com
pequenos crimes, a não abrir o vidro do carro nunca porque tem
assaltante no farol, com arrastões acontecendo nas areias da praia,
com assaltos feitos com carros fechando outro carro e apontando
armas.
Vamos
sempre alcançando um novo limite para nos acostumarmos e apenas riem
ou rapidamente lamentam o que acontece com quem não tomou algumas
precauções, invertendo toda a ordem. É esse o legado que temos que
combater.
Não
podemos nos orgulhar do jeitinho, da safadeza, da malandragem, do “se
dar bem”. É feio, é desonrado, não é uma coisa que devemos
ensinar aos nossos filhos e disseminar por gerações. Miremo-nos no
dia de ação de graças: vamos aprender a ser gratos pelas nossas
conquistas, solidários e agradecidos com quem nos ajuda, temos que
fazer o que é certo só porque é certo, não porque tem alguém
olhando e valerá alguma vantagem. É esse o Brasil que queremos.
Fonte: Sendo In
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