Por Mino Pedrosa
O governador eleito do Distrito
Federal, Ibaneis Rocha (MDB-DF), já está com o terno da posse
cortado, no estilho italiano. Antes de assumir o comando da principal
cadeira do Palácio do Buriti já começa a fazer alguns ajustes de
ações prematuras.
A extinção da Casa Militar
criando poderes para acomodar o deputado federal derrotado nas
eleições, Laerte Bessa (PR), criando o Gabinete de Segurança
institucional (GSI). Muito criticado pelas forças de segurança
Ibaneis refletiu. Voltou atrás e vai reativar a Casa Militar. Bessa
com temperamento explosivo e incontrolável, teve seu nome rechaçado
pelos comandos das Polícias Militar e Civil. O governador eleito fez
algumas indicações tempestivas, mas, agora, começa a refletir e
ajustar a máquina do GDF para obter a maioria na Câmara
Legislativa.
O retorno da Casa Militar
representa dentro do GDF uma vitória para a segurança pública.
Vale lembrar que no passado recente a Casa Militar atuou nos governos
petista de Agnelo Queiroz (PT-DF) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), com
modos operandis nada republicanos. Relatórios eram produzidos
bisbilhotado e enquadrando adversários, considerando-os inimigos dos
governos.
Recentemente no governo de
Rollemberg, a PCDF realizou buscas e apreensões nas estruturas da
Casa Militar denunciada por práticas de “arapongagem”,
monitoramento ilegal com uso de equipamentos de escutas telefônicas
e posse de documentos suspeitos de montagem de dossiês. A ação da
PCDF dentro do Palácio do Buriti, repercutiu timidamente nos
principais veículos de comunicação, mas, deve ter provocado danos
para o comando da Casa Militar. Curiosamente o comandante da Casa
Militar, coronel aposentado, Cláudio Ribas, pediu exoneração do
cargo após a ação policial.
A Casa Militar tão cobiçada
pelos governos anteriores será também por Ibaneis Rocha. Que cedeu
aos apelos dos órgãos da segurança pública. Resta saber se o
retorno da Casa Militar vai agradar Laerte Bessa que esperava herdar
a estrutura e comandar de fato a segurança pública.
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