Rollemberg
sai mas deixou para trás uma conta salgada e em dose dupla para a
população pagar. O novo presidente da Caesb, Fernando Leite, disse
que a empresa caminha para um processo de insolvência, com uma
dívida de mais de 1 bilhão de reais, causada por má gestão e pela
falta de reajuste das tarifas de água e esgoto negada no ano passado
pelo governador Rollemberg
Por Radar DF
A
Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb), caminha para um quadro
crítico de insolvência, caso não promova um reajuste nas tarifas
de água e esgoto o mais rápido possível.
O
alerta faz parte de um levantamento técnico, feito ainda no final do
governo Rollemberg, o qual foi entregue ao engenheiro Fernando Leite,
assim que tomou posse como o novo presidente da Companhia na última
terça-feira (08/01).
O
mesmo alerta foi dado em abril do ano passado pela Agência
Reguladora de Águas e Saneamento Básico –Adasa, que autorizou a
Caesb a promover o imediato reajuste de 2.99% na tarifa de água e
esgoto.
No
entanto, o então governador Rollemberg impediu que o reajuste
interno, tão necessário para manter o equilíbrio financeiro da
empresa, fosse feito para não comprometer a sua campanha de
reeleição bastante afetada pela alta rejeição popular.
“Por
causa de uma dívida de 1 bilhão e 300 milhões de reais, a Caesb
está desembolsando cerca de 240 milhões de reais por ano para pagar
juros e ainda tem um comprometimento de suas receitas com uma folha
de pessoal muito elevada. A Caesb está em uma situação
desesperadora”, disse o presidente da Companhia, Fernando Leite,
nesta quarta-feira ao Radar.
Ele
disse que para o primeiro trimestre , a Caesb terá um déficit de R$
30 milhões no caixa. “Ou seja, o governo terá muita
dificuldade para honrar os compromissos da empresa”, disse Fernando
Leite.
O
gestor apontou ainda que com a incapacidade de endividamento, a Caesb
não pode buscar nos bancos oficiais o socorro financeiro que precisa
para sair do vermelho.
Apesar
da situação crítica que afeta a saúde financeira da empresa,
Leite disse que se dedica desde a transição, na busca da solução
do problema que deve ser combatido dentro dos primeiros 100 dias do
novo governo.
Entre
as medidas para tirar a empresa do quase estado de insolvência
financeira está o alongamento da dívida, isto porque ninguém
consegue avançar se não resolver a questão da dívida.
Ele
vai propor aos bancos oficiais e aos credores uma renegociação da
dívida para que a Caesb tenha a sua capacidade de investimento de
volta.
“Queremos
garantir ao cidadão do Distrito Federal água tratada na torneira
sem interrupção, criar novos sistemas de abastecimentos, concluir
Corumbá IV, que é uma prioridade absoluta, e implantar o Sistema
Paranoá e buscar, se necessário for, um novo sistema na região
norte no Alto Maranhão”, afirmou.
Fernando
Leite disse que a política de saneamento básico do governador
Ibaneis Rocha vai mudar para melhor porque tem o objetivo de atingir
uma meta de 100% em obras de abastecimento de água e 100% em
obras de coleta de tratamento de esgoto. “Esse é o compromisso e
vamos fazer”.
Fernando
lembrou que no passado já fez isso. Ele foi por quatro vezes o
presidente da Caesb.
Segundo
Fernando Leite, uma das orientações dada pelo governador Ibaneis
Rocha é a de levar para a região periférica do DF, como o Sol
Nascente, Pôr do Sol, Porto Rico, Água Quente, Buritizinho,
São Sebastião, a Caesb do governo Ibaneis vai chegar com as obras
de saneamento básico.
“O
governador, de forma reiterada, afirma que o seu governo estará
sempre voltado para atender e cuidar daqueles que mais necessitam do
Estado, ou seja, os pobres. Priorizar as obras de saneamento básico
isso traduz em melhoria da qualidade de vida da população”, disse
o presidente da Caesb.
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