Por Ana Virato
A
empresa JC Gontijo manifestou ao governador Ibaneis Rocha (MDB)
interesse em firmar uma parceria público-privada (PPP) para a
instalação do trecho, que ligaria a Estrada Parque do Contorno e a
Estrada Parque Dom Bosco
Proposta
abordada nos corredores do Palácio do Buriti pelo menos desde 2015,
a construção de uma ponte sobre o Lago Paranoá voltou à pauta. A
empresa JC Gontijo manifestou ao governador Ibaneis Rocha (MDB)
interesse em firmar uma parceria público-privada (PPP) para a
instalação do trecho, que ligaria a Estrada Parque do Contorno e a
Estrada Parque Dom Bosco. A perspectiva é de que a via seja uma
alternativa à Barragem do Paranoá para o tráfego de veículos —
em fevereiro, o
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT)
ajuizou uma ação civil pública para barrar o trânsito de
automóveis na região.
Apesar
da ofensiva dos promotores, o Executivo local garante a segurança da
pista localizada sobre a barragem, construída apenas para permitir a
manutenção da usina hidrelétrica, e não pretende interditá-la
totalmente. Ainda assim, avalia embarcar no projeto. “É uma
barragem segura, o que está atestado por todos os laudos. Mas, mesmo
assim, a viabilidade do transporte é muito difícil, porque só
temos duas vias. Nós temos um trânsito muito grande e, em caso de
acidente, você fecha toda região”, pontuou Ibaneis. A nova ponte
ficaria em paralelo e próxima à barragem. Acima ou abaixo, a
depender dos estudos e custos da obra.
O
chefe do Buriti frisou não ter definido o modelo de concorrência ou
de financiamento da obra, tampouco o valor da intervenção. O
emedebista levantou a possibilidade de o projeto ser concretizado por
meio de uma PPP ou de financiamentos internacionais. “Estamos
tentando liberar o DF para esses financiamentos e vamos ver qual é a
melhor modelagem para essa obra. Várias agências nos procuraram,
como o Banco de Desenvolvimento da China, a Agência de
Desenvolvimento Francesa. Todos eles têm se colocado à disposição
para esses projetos, principalmente na área de infraestrutura”,
detalhou.
O
diretor presidente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/DF),
Fauzi Nacfur, frisou a importância da intervenção. Em 7 de
fevereiro, ele havia anunciado que o órgão conduzia estudos para
iniciar o projeto de implementação da ponte ainda em 2019. “A via
que passa pela Barragem do Paranoá tem uma faixa de cada lado. A
capacidade dessa pista não comporta mais os 26 mil a 30 mil veículos
que passam por lá diariamente. Além disso, uma nova ponte daria
mais segurança viária, porque a usada hoje tem relevos dos dois
lados”, argumentou. Apesar de atestar a estabilidade da estrutura,
o governo determinou a proibição do tráfego de caminhões na
pista, que passa a valer na sexta-feira.
A
possibilidade de construção de uma ponte sobre o Lago Paranoá não
é novidade. Em 2015, na gestão de Rodrigo Rollemberg (PSB), o
DER/DF anunciou a intenção de tocar o projeto. O modelo da pista e
o local exato seriam escolhidos por meio de um concurso nacional
promovido pelo governo, em parceria com o Instituto dos Arquitetos do
Brasil (IAB-DF). A proposta, entretanto, não saiu do papel.
Fonte: Correio Braziliense
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