Por
Helena Mader e Isa Stacciarini
O
ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, telefonou
para o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, para
comunicá-lo sobre a transferência de líderes do PCC para a
Penitenciária Federal de Brasília. “Ele me ligou ontem para
avisar da transferência. Eu confio muito no ministro Moro, mas vou
cobrar apoio do governo federal para a nossa segurança pública”,
afirmou o governador.
“São
todos bandidos perigosos. Mas sou parceiro do governo federal e sei
que a transferência de lideranças de facções criminosas para
presídios federais é importante para isolá-las. Se o preço para
acabar com essas facções for abrigá-los aqui, não tem problema.
Estamos preparados para lidar com isso”, acrescentou Ibaneis Rocha.
Ele
reconheceu, entretanto, que a presença de lideranças de
organizações criminosas pode atrair a atividade dessas facções na
cidade. Ibaneis disse que vai pedir ao governo federal apoio para
garantir a segurança na região do Entorno.
Pela
decisão da Justiça, a transferência dos 22 presos do PCC para
penitenciárias federais é uma medida com validade de 360 dias. Nos
primeiros 60 dias, os líderes da facção criminosa terão que ficar
em regime disciplinar diferenciado, ou seja, em isolamento.
Operação
A
transferência de presos de facções criminosas para Brasília mudou
a rotina na capital federal. Policiais federais e agentes
federais de execução penal reforçaram o esquema de segurança nas
unidades de Brasília, Porto Velho e Mossoró. Líderes do PCC
transferidos de São Paulo chegaram a Brasília transportados em um
avião da Força Aérea Brasileira (FAB) de transporte militar.
Trata-se de um Hércules C-130.
Um
comboio da Polícia Federal saiu do aeroporto em direção a
Penitenciária Federal de Segurança Máxima. Nos arredores do
Jardim Botânico, policiais rodoviários federais (PRF) controlam o
tráfego de carros. Helicópteros também fazem varredura na área.
Fonte: CB Poder
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