Com uma
vasta programação que começa nesta quarta-feira (27/03) até
domingo (31), o aniversário de Ceilândia, a mais populosa cidade do
DF, celebra 48 anos de história com a presença de muitas
autoridades locais e nacionais. O deputado distrital e administrador
da cidade Fernando Fernandes (Pros), disse que Ceilândia tem
problemas de cidade grande, mas que há um esforço do governador
Ibaneis de transformá-la em uma cidade livre da violência,
com uma melhor infraestrutura e com qualidade de vida para a
população
Por
Toni Duarte
Se a
última pesquisa do IBGE contasse com o Pôr do Sol e Sol Nascente,
Ceilândia, a cidade mais nordestina do Distrito Federal, passaria de
1 milhão de habitantes, bem maior do que algumas capitais como
Palmas, Boa Vista, Florianópolis, Porto Velho, Aracaju, Teresina e
próximo a população de São Luis (Fonte IBGE/2018).
“Ceilândia
tem problemas de cidade grande, onde a violência é um deles”,
apontou ao Radar o administrador regional Fernando Fernandes, eleito
pela cidade, onde chegou criança, cresceu, se tornou delegado de
polícia e se elegeu deputado distrital com 29.420 na eleição do
ano passado.
No alto de
seus 48 anos de vida, Ceilândia, surgida de uma invasão. Carrega
até hoje o estigma de cidade violenta onde a disputa pelos cobiçados
pontos de drogas é latente.
É comum
jovens endinheirados de regiões mais ricas do DF, como o Lago Sul e
Lago Norte, se conectarem ao consumo de maconha e cocaína o que
torna as bocas de fumo da Ceilândia mais rentáveis.
O “Doutor
Fernando”, como é reconhecido por onde passa pelas ruas de
Ceilândia, conhece muito bem a cidade e como ela pulsa. Chegou com
um ano de idade, cresceu, sobreviveu a linha da morte e aos 17 anos
foi ser servente da construção civil.
Foi na
obra do Clube dos Delegados da Polícia Civil que sonhou um dia
ser delegado de polícia. Contou o que queria e passou ser
chamado de “doutor” pela piãozada da obra como se todos
previssem o futuro.
Em 1999
foi parar na chefia da décima nova delegacia do P Norte. Uma opção
dele já que poderia chefiar a tranquila nona DP do Lago Norte. “Eu
gosto mesmo é da bagaceira”, pontua Fernandes.
Sair de
casa para comprar pão, levar os filhos na escola e trabalhar sempre
foi uma tarefa nada fácil para os mais de 750 mil moradores de
Ceilândia.
O delegado
passou ser o guardião de uma cidade amedrontada, enjaulada dentro de
casa, função que desempenha até hoje como deputado e
administrador, quase sempre presente nas operações policiais
deflagradas na região. Um homem sem medo.
A questão
pontual da violência foi levada diretamente para a mesa do
governador Ibaneis Rocha, cuja promessa de campanha foi a de
reabrir as delegacias de polícia fechadas no governo anterior.
“Já
reabrimos duas das quatros delegacias de polícia da cidade, que até
dezembro do ano passado, se encontravam fechadas. O 8º Batalhão da
Polícia Militar na Guariroba, que se encontra desativado, por risco
de desabamento do prédio, será totalmente recuperado”, disse o
administrador.
No
entanto, ele disse que só isso não basta para diminuir o impacto da
violência na cidade. Fernando Fernandes defende uma portaria única
que possa valer para todo o DF, para ditar as regras de funcionamento
de bares e restaurantes como forma de prevenção de segurança na
vida noturna das cidades.
“Vamos
realizar audiências pública com os empresários e os demais
segmentos da sociedade para que a gente chegue a um consenso e que a
medida seja boa para todos”, afirmou.
Ele também
diz ser esperançoso como cidadão ceilandense de que, desta vez, a
cidade mais populosa do DF possa ter o seu banho de loja com os
grandes projetos estruturantes que estão a caminho.
“Neste
ano que se comemora os 48 anos de Ceilândia a população já sente
a presença forte do Estado. No próximo aniversário temos a
absoluta convicção de que a nossa cidade ficará bem melhor do que
hoje”. Prevê o deputado administrador.
Fonte: Radar DF
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