A
12 ª edição da LAAD, feira de defesa e segurança, chega ao seu
último dia de atividades nesta sexta (05). No evento, que ocorre no
Riocentro, na capital fluminense, o Ministério da Defesa (MD)
apresentou projetos estratégicos da pasta alinhados à Estratégia
Nacional de Defesa (END), documento que estabelece diretrizes para a
adequada preparação e capacitação das Forças Armadas
brasileiras.
“A
LAAD oferece oportunidade para articular negociações comerciais e
fomentar debates acadêmicos sobre as prioridades do setor de
defesa", afirmou o ministro da Defesa, Fernando Azevedo. A feira
reúne cerca de 450 expositores, 150 delegações de 67 países, além
de autoridades e empresários de diversos países.
Realizada
bienalmente, o evento é considerado um canal de negócios, parcerias
e acordos bilaterais. Representantes do governo federal também
participam do evento, criando possibilidades para incentivar o setor
de defesa e o desenvolvimento tecnológico do país.
O
secretário de Produtos de Defesa do MD, Marcos Rosas Degaut Pontes,
ressalta os motivos pelos quais a pasta apoia e participa da LAAD.
“Esse compromisso envolve o necessário estímulo e fortalecimento
e diversificação da Base Industrial de Defesa nacional e de nossa
economia”, apontou. O Brasil investe constantemente em capacidade
militar de dissuasão que possibilite reagir contra ameaças externas
e riscos contemporâneos como o terrorismo, o crime organizado
transnacional, a pirataria e os ataques cibernéticos.
Para
o secretário Marcos Degaut, os projetos estratégicos são
verdadeiros indutores de crescimento, inclusão social, geração de
emprego e de renda. “Procuramos estimular o emprego e o
fortalecimento da chamada tríplice hélice no âmbito da qual atuam
integradas academia, setor privado e governo, gerando idealmente o
aquecimento econômico e o desenvolvimento tecnológico, afirmou
Degaut. A tríplice hélice é a integração entre o governo, a
academia e a indústria.
A
importância de ter uma Base Industrial de Defesa tecnologicamente
avançada também foi ressaltada pelo ministro Fernando Azevedo
durante a LAAD. “O Ministério da Defesa atua intensamente para
atrair investimentos, viabilizar o ambiente de negócios da sua
indústria de defesa e fortalecer parcerias estratégicas”,
esclareceu.
Nesta
edição da feira internacional, o Estado-Maior Conjunto das Forças
Armadas promoveu, por meio da Chefia de Logística e Mobilização
(CHELOG) do MD, a 9ª edição do Simpósio Internacional de
Logística Militar. Cerca de 1,8 mil participantes, entre militares
de escolas de altos estudos das Forças Singulares (Escola de Guerra
Naval, Escola do Comando e Estado-Maior do Exército, Escola do
Comando e Estado-Maior da Aeronáutica e Escola de Guerra Naval), e
integrantes de Forças Armadas estrangeiras compartilharam
conhecimentos na área de logística e trataram de temas sobre
colaboração multinacional.
“A
logística é fator decisivo para o sucesso das operações em tempo
de paz, em ajuda humanitária, e em tempo de guerra”, declarou o
coronel da CHELOG, Roberto Carlos de Moraes Freire.
O
Ministério da Defesa destaca três projetos durante a LAAD. São
eles: o HX-BR, que visa a aquisição de helicópteros e
transferência de tecnologia. O projeto também prevê a produção
de helicópteros para missões de transporte tático, tropas, cargas,
reabastecimento em voo, busca, salvamento e proteção de superfícies
marítimas. Outra iniciativa apresentada pelo MD é o Programa
Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE), que assegura ao Brasil
autonomia de produção, lançamento, operação e reposição de
sistemas espaciais a partir do desenvolvimento de produtos para uso
civil e militar. Integra os projetos do MD o Satélite
Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC),
lançado em 2017. O SGDC foi idealizado para fornecer meio seguro e
soberano para comunicações do governo brasileiro e para prover
acesso à internet em 100% em território brasileiro.
Necessidades
de equipamentos
A
Estratégia Nacional de Defesa foi desenvolvida para atender às
necessidades de equipamento dos Comandos Militares, reorganizando a
indústria de defesa para que tecnologias mais avançadas estejam sob
domínio nacional. O secretário de Produtos de Defesa do MD,
Marcos Rosas Degaut Pontes, lembra que a END estabeleceu três
setores estratégicos: o nuclear, sob responsabilidade da Marinha, o
cibernético, aos cuidados do Exército, e o espacial, a cargo da
Força Aérea.
Produtos
de Defesa
A
Força Naval apresentou na 12 ª edição da Laad o Programa de
Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), que prevê a construção de
quatro submarinos convencionais e o projeto e construção do
primeiro submarino com propulsão nuclear brasileiro. Outra
iniciativa apresentada foi o Programa Nuclear da Marinha (PMN)
abrange o domínio do ciclo do combustível nuclear e a construção
do Laboratório de Geração Nucleoelétrica (LABGENE). O Projeto de
Construção Navios Classe Tamandaré prevê a aquisição de quatro
navios de escolta de alta capacidade militar e tecnológica.
Entre
os projetos demonstrados pelo Exército estão o de Defesa
Cibernética, que visa garantir a fluidez de informações
estratégicas de maneira rápida e segura. O Sistema Integrado de
Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) consiste no desenvolvimento de
estrutura integrada para apoiar a defesa da integridade do território
nacional contra ameaças externas e atuar contra ilícitos
transfronteiriços. O Programa Guarani prevê a reequipagem do
Exército com blindados desenvolvidos para operações militares de
ataque, defesa, patrulhamento e missões de paz.
Aeronáutica
No
evento, houve exposição da maquete em tamanho real do novo caça da
Força Aérea Brasileira (FAB), o Gripen, a aeronave integra o
Projeto F-X2, que nasceu da necessidade de reequipar a Aeronáutica
com aviões de caça. O Projeto ainda busca incorporar avanços
tecnológicos importantes para Base Industrial de Defesa brasileira.
A previsão é que a primeira aeronave Gripen seja entregue no
primeiro semestre deste ano. O Projeto KC 390: maior aeronave militar
já produzida no Brasil, o cargueiro tem capacidade de operar nos
mais diversos cenários, da floresta Amazônica às pistas de pouso
na Antártida. A aeronave encontra-se em fase de certificação.
Por
Lane Barreto, com informações da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica
Fonte:
Ministério da Defesa
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