Por
Maria Ferreira
Zeca,
Bacco, Nikki e Thor trabalharam por 14 dias em Minas Gerais,
auxiliando bombeiros. Desde fevereiro, eles são acompanhados por
hospital veterinário
Bacco,
Zeca, Nikki e Thor, os quatro cachorros do Corpo de Bombeiros do
Distrito Federal que participaram
das buscas e resgates das vítimas do rompimento da barragem da Vale,
em Brumadinho (MG),passaram
por um novo exame veterinário nesta quarta-feira (26).
A
tragédia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ocorreu no dia
25 de janeiro.
Em fevereiro, os cães ficaram na região durante 14 dias, junto com
outros animais treinados para encontrar vítimas em meio à lama
tóxica.
Desde
que voltaram,
Bacco, Zeca, Nikki e Thor coletam sangue, urina e fazem exames
cardiológicos, como eletro e ecocardiograma. Após a missão, eles
apresentaram doenças de pele e hipertensão, além de alguns
ferimentos.
Segundo
a médica veterinária e professora do Centro Universitário do
Planalto Central Apparecido dos Santos (Uniceplac), Fabiana
Zovlkweif, eles estão bem.
"Em
análise preliminar os quatro estão clinicamente estáveis, não tem
mais lesões na pele [verificadas nos primeiros exames] e a pressão
se normalizou."
Fabiana
trabalha com outros professores e alunos, em parceria com o Corpo de
Bombeiros do DF, no acompanhamento dos animais.
Voltaram estressados
No
hospital veterinário, as equipes observam não só a parte física,
mas também o comportamento de Zeca, Bacco, Nikki e Thor. Logo depois
da tragédia, os bombeiros relataram que eles ficaram estressados e
agitados.
Zeca,
o mais velho dos quatro, completou 10 anos. Depois
de voltar da missão, ele foi aposentado, com direito à cerimônia
de despedida e medalha.
Nikki
e Thor retornaram para Brumadinho quando as buscas estavam no período
final. Por isso, a equipe registra, atenta, cada reação deles.
Acompanhamento
vai durar um ano
Os
professores e estudantes irão acompanhar os cachorros por, pelo
menos, um ano. De acordo com o diretor do Hospital Veterinário da
Uniceplac "é preciso saber se haverá consequências,
especialmente em relação aos problemas cardíacos".
A
veterinária Fabiana Zovlkweif explica que algumas doenças podem
aparecer tardiamente, como "nefrotóxicas (efeito tóxico sobre
os rins), cardiotóxicas (dano ao coração) e carcinogênicas
(câncer)". Por isso, a parceria com os bombeiros, diz ela, é
essencial.
"São
eles [bombeiros] que nos falam quando algo está errado, além de
terem muito carinho pelos cães, o que ajuda na recuperação."
Fonte: G1
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