Um
grupo de pais de alunos do Colégio Militar Tiradentes, da Polícia
Militar do Distrito Federal, se mobiliza para protestar contra o
corte na estrutura logística da escola com a transferência de 28
policiais do quadro de organização. Os militares trabalhavam no
auxílio aos professores e eram responsáveis pela manutenção da
disciplina entre os quase 900 alunos do Colégio
Por
Toni Duarte//RADAR-DF
Pais
de alunos do Colégio Militar Tiradentes, pertencente a Polícia
Militar do Distrito Federal, reagiram contra a medida adotada pelo
Comando Geral da PM que atinge e fere de morte uma das mais
destacadas escolas militares do DF.
Os
pais de alunos estão se mobilizando, por meio dos grupos de whatsapp
e pelas redes sociais para pedirem ajuda ao governador Ibaneis
Rocha no sentido de que sejam mantidos os profissionais
responsáveis pela manutenção das regras disciplinares entre os
alunos da Escola.
Segundo
pais e mestres, a Comandante- Geral Sheyla Sampaio (foto), está
indo na contramão da política educacional do governo Ibaneis, que
acertadamente implantou o sistema disciplinar militar nas escolas
públicas do DF.
“Ao
transferir os policiais monitores que auxiliam os professores nessa
tarefa, o Comando-Geral afeta a base disciplinar, um dos pilares da
instituição militar, e fere de morte a Escola Militar Tiradentes”,
disse um militar da reserva, pai de aluno que pediu anonimato
ao Radar-DF.
Ele
também destacou que os militares transferidos são especializados em
várias áreas do conhecimento tais como: Professores PhD,
Psicólogos, Psicopedagogos, Ledores, Transcritores, Enfermeiros e
Auxiliares Administrativos.
“Estamos
falando aqui de muitos profissionais qualificados e com enorme
conhecimento, experiência e dedicação nas atividades
desenvolvidas. Isso não se adquire nem se substitui tão facilmente.
Independente de civis ou militares, toda mudança abrupta poderá
causar danos irreparáveis neste projeto que ainda está em grande
fase de crescimento”, apontou uma mãe de aluno que também pediu
para não ser identificada.
A
medida tomada pela Comandante-Geral da PMDF, pegou não só a direção
da escola de surpresa como os próprios alunos que ficaram sem o
transporte escolar e terão que caminhar alguns quilômetros até o
Colégio Militar Tiradentes, dado a sua localização onde não passa
ônibus das linhas convencionais no DF.
Os
quatro ônibus que servem aos alunos foram recolhidos.
Os
pais de alunos se reuniram para expor as preocupações com as
medidas tomadas pelo Comando-Geral e os impactos que estão afetando
na estrutura da escola que tem seis anos de existência e que se
tornou a segunda escola Militar do DF melhor pontuada no ranking de
desempenho medido pelo Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica (Ideb) .
A
maioria defende uma mobilização junto ao Palácio do Buriti para
pedir ajuda diretamente ao governador Ibaneis Rocha que tem optado
desde o início do seu governo pelo “modelo militar”, implantado
em diversas escolas da rede pública de ensino do DF.
Os
pais alunos pedirão a Ibaneis que mande a Coronel Sheyla Sampaio a
manter os militares responsáveis pela área disciplinar no Colégio
Militar.
O
outro lado
A
alegação da transferência dos 25 militares da escola seria em
decorrência ao déficit de pessoal e que a PMDF terá que cumprir a
sua área fim, que é a segurança e ordem pública.
O
Comando-Geral também diz que nestas transferências apenas o quadro
administrativo foi afetado e que nenhum professor regente foi tirado
de sala de aula.
No
entanto, deixou claro que há a possibilidade de ainda sair mais
policiais militares do Colégio Militar se o Comando Geral entender
ser necessário, mas apenas até o limite de não inviabilizar a
qualidade geral da escola.
Quanto
aos ônibus, a PMDF alegou que são veículos antigos o que
impacta muitos investimentos em manutenção e que a medida não irá
parar as atividades pedagógicas do Colégio.
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