Por Congresso em Foco
Vereadores da cidade mineira de
Arcos tomaram uma iniciativa inusitada no Brasil. Decidiram cortar na
própria carne para aliviar os cofres do município de 40 mil
habitantes, localizado no oeste do estado. Eles aprovaram nesta
semana um projeto de lei que reduz em 80% os seus salários entre
2020 e 2024. Com isso, os vencimentos de cada parlamentar cairão dos
atuais R$ 6.149 para R$ 1.229.
O prefeito e os secretários
municipais também terão corte de 50% e 20%, respectivamente,
conforme outra proposta recém-aprovada. No caso do prefeito, o
salário baixará dos atuais R$ 24 mil para R$ 12 mil. Os secretários
passarão a receber R$ 6.300, ante os R$ 7.900 que ganham hoje. Já o
vice-prefeito terá sua remuneração reduzida dos atuais R$ 6.400
para R$ 5.100.
A Câmara estima que os cortes
gerarão uma economia de R$ 4 milhões aos cofres do município. Para
virarem lei, a redução salarial dos políticos de Arcos depende
agora da sanção do prefeito Denilson Teixeira (MDB).
O presidente da Câmara
Municipal, Luiz Henrique Sabino Messias (PSD), autor dos projetos,
diz que as reduções salariais aprovadas são necessárias devido à
crise financeira que atravessam a União, o estado e o município.
Ele lembrou, ainda, durante a votação, que a função de vereador
em Arcos não exige dedicação exclusiva e que a maioria dos
integrantes da Casa tem outras fontes de renda. “Tendo em vista a
crise que atravessa a federação, o estado e o nosso município,
nada mais justo que fosse proposta essa redução”, afirmou.
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