Em
encontro de lideranças em infraestrutura da América Latina, o
governador defendeu resgate da credibilidade para atrair recursos
para o DF
O
projeto para a implantação do gasoduto do Brasil Central foi
destaque do Governo do Distrito Federal (GDF) no primeiro dia do 17º
Fórum de Lideranças da América Latina, no Centro de Eventos e
Convenções Brasil 21, em Brasília. Ao participar da abertura do
encontro, o governador Ibaneis Rocha ressaltou seu interesse em abrir
a economia do DF para investidores estrangeiros a fim de fomentar a
economia regional, atraindo novos empregos e gerando renda –
bandeiras da sua gestão.
O
governador lembrou que, com as reformas estruturantes deixadas em
segundo plano pelos últimos governos do Brasil, faz-se necessário
uma reavaliação para que o setor privado volte a ser chamado a
investir na área de infraestrutura. “A única maneira de criar uma
matriz de recursos no país é resgatar a nossa credibilidade.”
No
evento, que contou com a presença do vice-governador Paco Britto e
de secretários de estado – como o de Desenvolvimento Econômico,
Ruy Coutinho, o de Relações Internacionais, Pedro Rodrigues, e a de
Turismo, Vanessa Mendonça –, Ibaneis responsabilizou a falta de
investimentos no encalhe de projetos que não prosperaram. A ferrovia
Norte-Sul, que se arrasta sem conclusão há mais de 30 anos, a
Transnordestina, paralisada sem recursos, além da falta de atenção
às áreas de óleo e gás.
“Cito
o caso do Centro-Oeste, com uma população qualificada e
possibilidades inúmeras, mas que não tem um gasoduto que interligue
Minas Gerais à região e aí não nos permite trazer grandes
indústrias, grandes investimentos, tudo isso por conta de uma
política que não pensa a longo prazo, no desenvolvimento das
populações”, disse o governador.
O
gasoduto Brasil Central – que vai transportar combustível por 905
quilômetros entre São Carlos (SP) a Brasília (DF), tem orçamento
inicial de US$ 1 bilhão (o equivalente a R$ 3,5 bilhões) e mercado
para as áreas industrial, comercial e de veículos.
O
gás também poderá ser utilizado para a cogeração (processo de
produção e utilização combinada de calor e eletricidade,
proporcionando o aproveitamento de mais de 60% da energia térmica
proveniente dos combustíveis utilizados nesse processo) de
energia. O projeto prevê a passagem do gasoduto em pelo menos cinco
grandes cidades, entre elas uma capital (Goiânia) e regiões de
forte potencial econômico, como Ribeirão Preto e Uberaba – além
da passagem em Itumbiara e Anápolis até chegar à capital do país.
“O
gasoduto vai transformar a matriz energética da região por onde
passará, vai possibilitar a implantação de novas industrias ao
longo do trajeto e com a utilização de energia mais limpa e
barata”, disse Ruy Coutinho. O gasoduto terá capacidade para
transportar 5,7 milhões de metros cúbicos por dia.
O
Fórum organizado pela empresa americana CG/LA segue até esta
quinta-feira no Centro de Convenções do Brasil 21. No cardápio de
opções apresentados pelo GDF para grandes investidores
internacionais está a privatização da Companhia Energética de
Brasília (CEB), da Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb), da
iluminação pública da cidade e da implantação do VLT, entre
outros.
*Com
informações da Secretaria de Desenvolvimento Econômico
Leia também: AGOSTO DOURADO INCENTIVA A AMAMENTAÇÃO NO DF
1 Comentários
Inganês Rocha Pinóquio
ResponderExcluirObrigado pela sugestão.