Sete
meses no cargo de secretário de Saúde do DF, o mato-grossense Osnei
Okumoto pode deixar a cadeira nos próximos dias, segundo voz
corrente dentro da própria pasta e no palácio do Buriti. O Radar
apurou que vários nomes já estão postos à mesa para ocupar
o cargo do japonês
Por
Toni Duarte
Após
as demissões de 42 pessoas, decisão tomada pelo governador
Ibaneis Rocha nos principais cargos de comando e setores da
Secretaria de Saúde, ocorridas na semana passada, os olhares se
voltaram, esta semana, para o secretário Osney Okumoto, que estaria
fragilizado diante do fogo amigo estabelecido dentro da pasta e do
Palácio do Buriti.
Uma
fonte com assento na sede do governo local, confidenciou ao
Radar, hoje pela manha (25) , que o farmacêutico entrou em
processo de fritura e que pode deixar o cargo. Ultimamente Okumoto
reina, mas não manda em uma das pastas mais cobiçadas do GDF.
A
vassourada dada por Ibaneis na semana passada passou de raspão em
Okumoto e teria servido de aviso do tipo: “pede para sair”.
O
clima de provável mudança no comando da Secretaria de Saúde,
voltou a movimentar vários setores que quer o lugar do japonês.
Alguns
conspiram desde muito sempre e silenciosamente por sua queda.
Okumoto sabe disso, mas prefere não berrar como um bom cabrito ao
ser levado para o matadouro.
Na
corrida pelo comando da cadeira número 1 da saúde, segundo
informações de bastidores, aparece como franco favorito o diretor
do Hospital Materno Infantil de Brasília – HMIB, Rodolfo
Alves Paulo de Souza.
Informações
indicam que Rodolfo tem se articulado e conseguido o apoio do
presidente do IGES, Francisco Araújo.
Outra
pessoa que se movimenta dentro do Buriti, junto ao vice-governador
Paco Brito, é a psiquiatra e subsecretária de Atenção
Integral a Saúde Renata Rainha.
Ela
é filha do conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal
(TCDF) e ex-presidente do órgão Renato Rainha.
No
primeiro mês do governo Ibaneis, a subsecretária chegou a ser
indicada para a presidência do Instituto Hospital de Base do
Distrito Federal. No entanto, o governador acabou desistindo dela
nomeando para função Francisco Araújo.
Voltando
ao caso de Osnei Okumoto, a fragilidade do secretário se tornou real
após a suspensão de uma licitação no valor de R$ 67 milhões que
favoreceria uma empresa de Alagoas.
A
empresa teria vencido o certame por contar com o apoio
do alagoano e ex-secretário executivo do Ministério da Saúde
do governo Temer, Adeilson Loureiro Cavalcante.
Foi
aí que Ibaneis entrou em ação.
Mandou
de imediato cancelar a licitação e por fim meteu a caneta
exonerando 42 pessoas ligadas a alta cúpula da Secretaria de Saúde.
As
baixas vão cessar por aí? Claro que não.
O
governo Ibaneis Rocha passará pelos próximos quatro meses por
um processo de metamorfose radical em seus quadros de gestores do
primeiro e segundo escalão.
O
processo de mudança completa é encarado por muitos como algo
natural que ocorre no primeiro ano de um novo governo até que
encontre a sua própria identidade.
O
que resta é esperar para ver o que vai acontecer.
Fonte: Radar DF
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