Bombeiros do DF na lama contaminada em Brumadinho |
Por Bombeiros DF
Nesta
quarta-feira (02) de agosto de 2019, o Corpo de Bombeiros do Distrito
Federal comemora 163 anos de existência.
É,
mas o que deveria ser um dia de muita comemoração está sendo de
tristeza para os militares de força tão honrada e reconhecida pela
sociedade. O motivo? O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB-DF),
assessorado pelo Secretário de Estado de Fazenda, Planejamento,
Orçamento e Gestão do Distrito Federal, André Clemente, articulam
enviar ao congresso nacional um projeto onde pedem o fim da Licença
Prêmio dos Bombeiros Militares e Policiais Militares. A cada 10 anos
de trabalho, policiais militares e bombeiros do Distrito Federal têm
direito a seis meses de afastamento remunerado. Como também o tempo de serviço passará de 30 anos para 35.
De
acordo com o Deputado Distrital e Bombeiro Militar Roosevelt Vilela,
que é absolutamente contra essa proposta, a Licença Prêmio ou
Licença Especial – LE como é conhecida nas casernas, o benefício
é uma forma de compensar os militares que não dispõe de FGTS e
detém uma carga horária totalmente desgastante, chegando a mais de
48 horas semanais de trabalho e sem nenhuma insalubridade,
diferentemente dos servidores civis.
As
reações nas casernas foram imediatas após o anúncio das possíveis
medidas. Segundo apurado, no Corpo de Bombeiros pelo menos 25% irão pedir a Reserva Remunerada por tempo de serviço (aposentadoria) e
cerca de 20% dos militares da Polícia Militar fizeram o mesmo.
Aparentemente,
esses percentuais podem não significar nada em se tratando de
números para a sociedade, porém, a realidade é outra completamente
diferente quando na prática isso atingir diretamente a população
do DF. A saída desses profissionais, agravada pelo número de
efetivo insuficiente que já é conhecido a tempos, vai provocar uma
redução drástica no número de atendimentos nas ruas do Distrito
Federal, o que fatalmente atingirá a população.
Mesmo
que o governo convoque novos aprovados em concursos, o tempo médio
de formação de um militar das corporações é de, pelo menos, 1
ano. Para a recomposição total dos efetivos isso pode se prolongar
até 3 ou mais anos, se for levado em conta uma austeridade firme com
esse propósito.
Caso
decida levar a medida à frente, o GDF deve enfrentar a resistência
dos militares.
PMs e bombeiros mostram insatisfação com o governo desde fevereiro,
quando Ibaneis entregou ao ministro da Economia, Paulo Guedes,
somente a proposta de reajuste da Polícia Civil, deixando a revisão
salarial dos militares para depois — o aumento, entretanto, não
saiu do papel até hoje. Dos dois deputados distritais que
representam as categorias, um já se declarou contra a medida
(Roosevelt Vilela). O outro, por ser base do governo e filiado ao
mesmo partido do governador (Hermeto), está em cima do muro e com a
faca na garganta.
Pelo
jeito as coisas não andam muito bem para o atual governador e sua
cúpula. Será que haverá bolo com direito ao “primeiro pedaço”
nas comemorações?
Da
redação com informações do CB
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