Reforma
foi custeada por convênio firmado em 2008 entre a Secretaria da
Saúde e o Ministério da Saúde, mas só agora, com a nova gestão,
os recursos foram liberados pela Caixa Econômica Federal
Divina
Martins de Lima, 45 anos, sofre de hipertireoidismo há anos, mas a
produção excessiva de hormônios nunca havia gerado empecilhos em
sua rotina. Na primeira consulta pré-natal que fez no Hospital
Materno Infantil (Hmib), porém, em abril de 2018, ela começou a se
tratar por recomendações médicas. A doença na gravidez aumenta o
risco de aborto espontâneo, pré-eclâmpsia e parto prematuro. O
bebê nasceu saudável há nove meses e Divina segue em tratamento.
Vai ao hospital uma vez por mês e, das últimas vezes, notou uma
diferença na limpeza e estrutura do local. “Sempre fui muito bem
atendida, mas o hospital não tinha a atual aparência. Agora está
bem melhor”, elogia.
É
que, depois de seis meses, as obras do Hmib foram inauguradas nesta
quinta-feira (1º de agosto) pelo governador Ibaneis Rocha. O
hospital não passava por uma reforma estruturante há mais de 20
anos, de acordo com Ibaneis. Mais de 2,7 mil metros quadrados do
espaço foram reformados. A reforma faz parte do SOS DF Saúde e
contou com investimento total de R$ 866.455,58. “Quando eu falava
na campanha que saúde seria prioridade na nossa gestão não era só
um jargão. Aos poucos vamos dar um jeito na saúde pública do DF”,
disse o governador lembrando que em sete meses sua gestão já
reformou seis unidades de pronto atendimento e o Hospital de Santa
Maria.
A
obra foi custeada por um convênio firmado em 2008 entre a Secretaria
da Saúde e o Ministério da Saúde, mas só agora, com os esforços
da nova gestão, os recursos foram liberados pela Caixa Econômica
Federal. “O processo para a obra já existia desde 2008, mas só
com esse novo governo o dinheiro foi liberado”, explica Rodolfo
Alves Paulo de Souza, diretor do Hmib. De acordo com ele, o prédio
foi construído em 1966 e o piso nunca tinha sido trocado. “A
reforma trouxe mais salubridade aos pacientes e profissionais que
atuam no hospital. Os pacientes, certamente, estão encontrando
instalações bem mais acolhedoras, mais humanizadas, e os servidores
da unidade um ambiente de trabalho adequado”, afirma.
Novidades
As
áreas de circulação da unidade receberam piso vinílico, ideal
para ambientes hospitalares por sua limpeza ser prática (pode ser
feita simplesmente com água e sabão), dispensando o uso de cera e
evitando, assim, a proliferação de fungos e bactérias. As paredes
dos corredores e o teto também foram pintados e todos os bate-maca
(proteção de madeira nas paredes) foram trocados.
A
reforma aconteceu nos corredores dos Ambulatórios A e B, na Unidade
de Doenças Infecto-Parasitárias (Udip), nas Alas A e B da
Pediatria, na Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Externa
(Ucin EXT), na Radiologia, na Policlínica. E, também, na Emergência
Pediátrica, na ala de Alto Risco da Maternidade, no corredor
central, nos corredores de acesso e no alojamento conjunto, onde
ficam as mães e os bebês.
As
intervenções foram feitas em seis etapas para não prejudicar o
atendimento aos pacientes. Nenhum leito foi fechado no hospital, que
realiza mais de 110 mil atendimentos por mês. Todos os meses, o Hmib
faz cerca de 85 mil exames laboratoriais, oito mil atendimentos na
Emergência, mais de sete mil consultas ambulatoriais e 300 partos.
“Fizemos
melhorias para atender os pacientes. Em dez anos, apenas pequenos
reparos foram feitos pontualmente. Com essa revitalização, já
percebemos uma diferença na comodidade dos usuários”, diz a
diretora administrativa do hospital, Glaucia Silveira.
Atendimento
A
enfermeira Fernanda Cristina de Freitas, 40, trabalha há sete anos
no Hmib. Ela conta que o piso antigo tinha rachaduras, desníveis e
até pequenos buracos, o que poderia causar acidentes de pacientes e
de servidores. O revestimento também era mais escorregadio, algumas
janelas estavam enferrujadas e paredes tinham cheiro de mofo. “Desde
que entrei aqui essa é a primeira reforma que abrangeu praticamente
todo o hospital. Antes um ou outro setor tinha sido reformado, mas o
hospital precisava de um reparo mais amplo”, conta.
Para
ela, a aparência interfere no atendimento e a conclusão da obra vai
proporcionar um melhor bem-estar aos pacientes. “A reforma trouxe
uma aparência muito melhor ao hospital, agora podemos proporcionar
para o paciente e o servidor maior conforto e segurança”, diz.
“Acho que o ambiente até ficou um pouco maior. Está mais limpo e
organizado”, reforça.
As
cores claras do piso e das paredes agradaram Fiama Silva, 27 anos.
“Antes era bem feio, meio obscuro. Quando tudo é branco assim,
fica parecendo até mais limpo”, diz a moradora de Ceilândia que
vai ao hospital mensalmente acompanhar a filha de 10 anos que faz
tratamento neurológico no local.
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