Segundo
dados da plataforma Sinesp, do Ministério da Justiça, todos os nove
índices de criminalidade caíram em relação a 2018.
Nos
primeiros quatro meses de 2019, o Brasil registrou 3.528 homicídios
dolosos a menos que no mesmo período do ano passado.
Segundo
o Ministério da Justiça e Segurança Pública, nos primeiros quatro
meses deste ano, 13.142 pessoas foram mortas por alguém que
agiu intencionalmente ou assumiu o risco consciente de matar.
É
um resultado 21,2% inferior aos 16.670 casos registrados entre
janeiro e abril do ano passado.
A
melhora também foi constatada em indicadores de outros nove tipos de
crimes acompanhados pelo Sistema Nacional de Informações de
Segurança Pública, Prisionais, de Rastreabilidade de Armas e
Munições, de Material Genético, de Digitais e de Drogas (Sinesp) –
plataforma de informações integradas criada em 2012 e que está a
cargo da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
A
base de dados é alimentada pelos estados e pelo Distrito
Federal, responsáveis por lançar os boletins de
ocorrência.
Segundo
o balanço parcial que o Ministério da Justiça e Segurança Pública
divulgou hoje (13), a maior variação percentual (-38,5%)
foi observada na redução do número de roubos a instituições
financeiras, que caiu de 325 para 200 ocorrências na comparação
entre o primeiro quadrimestre de 2018 e o de 2019.
O
total de latrocínios (roubo seguido de morte) teve redução de
23,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Já
as tentativas de homicídio caíram 8,6%, enquanto o roubo de veículo
teve queda de 27,5%.
Os
dados do Sinesp também apontam para uma redução de 13,6% nos
estupros e uma queda de 5,3% no número de crimes de lesão corporal
seguida de morte.
Ainda
segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o furto de
veículos diminui 11,1% e o roubo de carga 27,3%.
Para
o diretor-executivo da ong Sou da Paz, Ivan Contente Marques, os
resultados reforçam uma tendência que já vem sendo observada há
algum tempo."De
fato, temos visto uma redução nos índices de criminalidade que vem
do ano passado. Outros indicadores como o Atlas da Violência, do
Ipea e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública já apontavam esta
tendência de queda nos principais indicadores de violência, mas
sabemos que ainda há uma dificuldade enorme na obtenção de dados
fidedignos", disse Marques à Agência Brasil, destacando a importância do ministério assumir a atribuição de organizar as informações fornecidas pelos governos estaduais, sistematizá-las e divulgá-las."Temos
visto com bastante esperança e alegria esta possibilidade do governo
assumir o papel de, periodicamente, divulgar informações sobre
segurança pública. Sabemos o quanto é problemático a construção
de indicadores por meio de boletins de ocorrência. Daí a
importância de que todas as unidades federativas estejam integradas
ao Sinesp. Que todas as ocorrências policiais registradas nas
delegacias das 27 unidades da federação sejam sistematizadas. Isto
sim será uma evolução", acrescentou Marques.
O
diretor da Sou da Paz atribui a redução dos números da violência
a uma série de fatores, entre os quais ações adotadas em nível
estadual."Somamo-nos
aos que atribuem estes recentes resultados a uma soma de fatores. A
causa da criminalidade, principalmente do homicídio, é
multifatorial. Ou seja, tem várias razões. Logo, enfrentá-la
[exige] políticas de médio e longo prazo. E, nos últimos tempos,
alguns estados têm apostado com maior intensidade na execução de
programas de governança e segurança pública, com investimentos
diretos em suas polícias e em programas estaduais que começam a
apresentar resultados efetivos. Há ainda um esforço de coordenação
nacional e de maior cooperação interestadual", concluiu o especialista
Com
informações, Agência Brasil
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