Corporação
atende 15 chamados por dia: de janeiro a julho, foram 3.104
ocorrências de incêndios florestais;
no ano passado, 2.465
O
Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal atendeu 3.104
ocorrências de incêndios florestais de janeiro a julho deste ano.
Um média de quinze por dia. O número é maior do que o registrado
pela corporação no mesmo período do ano passado, quando houve
2.465 ações dos profissionais.
O
grande volume de chuvas no começo deste ano contribuiu para o
aumento significativo da área de verde no cerrado – o que, no
período de estiagem, cresce a possibilidade de queimadas.
“Houve
o aumento da área da massa de vegetação, que neste período
torna-se mais suscetível a incêndios”, explica o comandante
especializado do CBMDF, coronel Álvaro Albuquerque.
Pelos
cálculos do CBMDF, no período acima o Distrito Federal teve um
total de 3.035,57 hectares de área queimada. No ano passado, no
mesmo período, foram 1.436,41 hectares.
Como
forma de prevenir os incêndios florestais, a corporação realiza
uma série de atividades por meio da Operação Verde Vivo, colocada
em prática anualmente. Porém, a participação da população ainda
é a primordial no combate às queimadas.
“Alguns
comportamentos ainda permanecem, como fogueiras mal condicionadas ou
limpeza de terreno com uso de fogo. Mas, em 20 anos de dedicação à
área ambiental, percebo que a população está mais consciente e é
perceptível a mudança de comportamento”, relatou Albuquerque.
Os
cuidados
O
CBMDF listou o que é necessário para coibir incêndios florestais:
– Retirar
toda a vegetação no local em que fizer fogueiras, inclusive deixar
um espaço maior do que a área que será utilizada;
– Não
atear fogo para limpeza de terrenos, lixo ou resto de podas de
árvores;
–
Após
fumar, apagar o cigarro e descartá-lo em local adequado;
– Ao
identificar um incêndio, procurar um local seguro, distante do fogo
e da fumaça. Ligar para o 193 e indicar o local exato do incêndio,
se possível, com pontos de referência.
A
Operação Verde Vivo é executada em quatro fases. A primeira delas
ocorre entre abril e maio. Nesta etapa a corporação foca na
conscientização da comunidade, em especial dos moradores de áreas
rurais. É também o período em que bombeiros são capacitados para
atuar no combate a incêndios no Cerrado.
Na segunda fase,
os militares ficam de prontidão para o combate às chamas. A
terceira fase – que compreende os meses de agosto a outubro – é
a mais crítica, pois compreende o período de estiagem, em que as
queimadas tendem a aumentar.
A
partir deste estágio, as unidades do Corpo de Bombeiros ficam
mobilizadas para o atendimento a casos de incêndios no Cerrado. Em
novembro, com o início das chuvas, ocorre a desmobilização gradual
das equipes destacadas exclusivamente para as queimadas.
Palestras
O
CBMDF ainda disponibiliza um telefone para agendamento de palestras
sobre o tema.
“Fazemos
visitas em escolas, em condomínios, para fazer orientações quanto
às causas e cuidados, e como proceder em casos de incêndios
florestais”, lembra Albuquerque.
Mas
este trabalho faz parte da fase da desmobilização, após novembro.
* Com
informações da Secretaria de Segurança Pública-DF
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