Modelo
de educação proposto pelo GDF pode ser adotado por colégios de
Taguatinga, Itapoã, Samambaia, Asa Norte e Núcleo Bandeirante.
Votarão, no sábado (17) pais, alunos e professores,
O
ano
letivo da rede pública de ensino no DF começou com novidade em
2019. Isso porque, desde fevereiro, quatros instituições escolares
fazem parte do projeto-piloto de gestão compartilhada entre as
secretarias de Educação e de Segurança Pública (os centros
educacionais (CED) 1 da Estrutural, 3 de Sobradinho, 308 do Recanto
das Emas e 7 de Ceilândia).
No
próximo sábado (17), cinco escolas de Taguatinga, Itapoã,
Samambaia, Plano Piloto (Asa Norte) e Núcleo Bandeirante vão
escolher se vão aderir ao novo plano educacional – que abrangerá
mais 7 mil alunos. Até lá, audiências públicas serão realizadas
pelo GDF para explicar para a comunidade como funciona o programa e
esclarecer dúvidas. Ontem (14) o encontro foi no Centro de Ensino
Fundamental de Samambaia Sul. Hoje, às 19h, no CEF 01 do Núcleo
Bandeirante.
“É
uma ótima oportunidade para a comunidade escolar conhecer o projeto
e tirar qualquer dúvida – o que é bem natural”, observa Tiago
Cortinaz, chefe da Assessoria de Gestão Estratégica e Projetos
(AGEP) da Secretaria de Educação. “Estamos aqui para ajudar.
Essas reuniões fazem parte do jogo democrático. A escolha é de
cada escola”, ressalta. “Essa é a quarta reunião que participo
e fico feliz de ter a oportunidade de dialogar sobre o tema”,
salienta o coronel PM Eduardo Holanda, da Secretaria de Segurança
Pública do DF.
Cerca
de 200 pessoas – entre pais, alunos e professores – participaram
da reunião do CEF de Samambaia. Estiveram presentes, ainda,
diretores do Sindicato dos Professores e representantes da Polícia
Militar e do Corpo de Bombeiros. Durante três horas, foram
apresentadas diversas opiniões sobre o tema.
Mãe
de uma aluna do 9º ano do CEF 407 de Samambaia, Maria Luíza da
Paixão acredita que o novo modelo apresentado pelo Governo do
Distrito Federal é o ideal, no momento, para escola. “Vai ser bom
para todos. Deve melhorar a segurança e a qualidade do ensino. E com
a figura dos policiais dentro da escola, os alunos terão mais
respeito”, defendeu. “Se não der certo, podemos recuar. Mas
queremos segurança para os nossos filhos, dentro e fora das salas de
aulas”, compartilhou Francisco Caldeira, pai de dois estudantes no
lugar.
Para
valorizar ainda mais o processo democrático que envolve o projeto, a
Secretaria de Educação do DF, em despacho de 12 de agosto, permitiu
que estudantes das cinco instituições que vão participar das
eleições do sábado usem o cartão passe livre estudantil neste
dia.
Para
participar do pleito, basta que o estudante apresente um documento
com foto, sejam maiores de 13 anos e tenham frequência escolar acima
dos 50%. Também estão aptos a votar pais, mães e responsáveis,
professores efetivos e temporários e servidores da carreira de
Assistência à Educação.
O
projeto é destinado a estudantes do 6º ao 9º anos do Ensino
Fundamental e do Ensino Médio. A expectativa do governador Ibaneis
Rocha é de que dez escolas do Distrito Federal possam aderir, por
ano, ao modelo que envolve a parceria – e não apenas com a
Secretaria de Segurança Pública, mas com outros órgãos do governo
como secretaria de Cultura, Esportes e embaixadas.
O
critério de escolhas das escolas tem como parâmetro o Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH), assim como ocorrências criminais nas
regiões onde as instituições de ensino estão situadas (e também
dentro dos próprios colégios).
Ação
conjunta
Na prática, a ação funciona da seguinte maneira. A parte pedagógica fica por conta dos professores, diretores e orientadores; a parte de segurança, incluindo a entrada e saída dos alunos, da Polícia Militar. PMs também trabalham no dia a dia dos alunos com conceitos de ética e cidadania. No contraturno, eles promovem atividades esportivas e musicais.
Na prática, a ação funciona da seguinte maneira. A parte pedagógica fica por conta dos professores, diretores e orientadores; a parte de segurança, incluindo a entrada e saída dos alunos, da Polícia Militar. PMs também trabalham no dia a dia dos alunos com conceitos de ética e cidadania. No contraturno, eles promovem atividades esportivas e musicais.
“Partimos
da compreensão de que podemos ter uma gestão melhor da educação
pública contando com a contribuição de diferentes entes da
sociedade”, comenta Tiago Cortinaz, assessor especial da Secretaria
de Educação. “Melhoramos a segurança dentro das escolas e em seu
entorno e fazemos com que os professores se dediquem com mais afinco
ao trabalho pedagógico”, destacou.
O
coronel Eduardo Holanda reforça: “Que fique bem claro que não há
nenhuma chance de interferência dos policiais na área
pedagógica da escola, tarefa exclusiva dos professores. Nossa
atuação é desenvolver estratégias que melhore o ambiente de
trabalho e dissemine a cultura de paz.”
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