Governo
investe R$ 2,5 milhões para beneficiar centenas de famílias que
moram às margens da rodovia
Moradores
do Sol Nascente que têm suas casas à beira da Vicinal 311 –
estrada que liga o Setor P Sul de Ceilândia à DF 180 – acordaram
nesta sexta-feira (30) com uma boa novidade. Duas escavadoras, uma pá
mecânica e dois caminhões do Departamento de Estradas e Rodagem
(DER-DF) iniciaram o trabalho de asfaltamento de 900 metros da
rodovia. O governo investe cerca de R$ 2,5 milhões no trecho, que,
ao ser concluído, vai beneficiar centenas de famílias da região.
“A
gente nem acreditava que algum dia esse asfalto chegaria. É uma
bênção muito grande”, ressalta o vendedor de frutas Hudson
Ribeiro de Jesus. Ele estava entre os vários moradores que,
curiosos, saíram de suas casas para conferir o início dos
trabalhos. “Agora que somos uma cidade legal, esperamos que outras
coisas boas venham também, como a água encanada e luz da CEB”,
lembra, citando a lei que, sancionada há 15 dias, criou a Região
Administrativa do Sol Nascente.
Além
de se mostrar satisfeito com a perspectiva da melhoria das condições
de tráfego no local, Hudson tem outro motivo para comemorar. Suas
filhas Emily Vitória, de 4 anos, e Aline Priscila, de 2, sofrem com
doenças respiratórias desde o nascimento. “É poeira demais”,
conta. “Elas têm bronquite asmática e rinite. Agora, com o
asfalto, a gente acredita que a saúde delas vai mudar”.
Também
morador da região, Antônio Carvalho é mais um a manifestar boas
expectativas com as obras: “Imagine chegar limpo ao trabalho, as
meninas com o uniforme branco! Parece até um sonho”. Sua
família, conta, sofre muito com a sujeira em casa. “É limpando o
tempo todo e a poeira suja de novo. Todo mundo está com sinusite. É
acabando um antibiótico e correndo para o posto para buscar outro”.
Os
trabalhos
Chefe
do 2º Distrito Rodoviário do DER-DF, o engenheiro Roberto Lêda
resume a complexidade da obra: “Vamos escavar uns 40 cm de toda a
extensão, depois compactamos o fundo. Em seguida, teremos pelo menos
mais duas camadas compactadas, uma terceira de fresado e outra de
brita; só depois, a massa asfáltica”.
Para
garantir a qualidade dos serviços, têm sido feitos vários testes,
em laboratório, com a terra. “Assim a gente define o que é melhor
e como fazer da melhor maneira”, explica Roberto. “É uma
rodovia, e temos de garantir a estabilidade de todo o corpo
estradal”.
Os
trabalhos envolvem 30 servidores do DER-DF, entre técnicos,
terceirizados, operadores de máquinas e engenheiros, destacados para
a missão. A previsão é usar pelo menos 1.360 toneladas de massa
asfáltica. “Foi uma determinação do governador que nos foi
passada no dia em que ele esteve aqui com os deputados distritais”,
lembra Roberto. “Para que fosse mais ágil, resolvemos fazer tudo
de forma direta, com a estrutura do próprio departamento”.
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