Um
incêndio atingiu o Parque Ecológico de Águas Claras, na região
administrativa de mesmo nome, a cerca de 20 quilômetros da Esplanada
dos Ministérios, em Brasília.
Assustados
com as chamas, moradores de prédios próximos ao local acionaram o
Corpo de Bombeiros por volta das 11h de hoje (12).
O
Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito
Federal (Ibram-Brasília Ambiental) informou, há pouco, que o
incêndio já está sendo controlado.
Há
mais de 100 dias sem chuvas, o Distrito Federal registra altas
temperaturas e baixa umidade relativa do ar, condições que
facilitam que o fogo se espalhe rapidamente.
Ao
menos 12 bombeiros e duas viaturas foram mobilizados para apagar as
chamas no parque de 95 hectares criado em 2000 para proteger parte da
flora e fauna nativas, áreas de nascente e recargas de aquíferos,
como o córrego de Águas Claras, que nasce na região e abastece o
Lago Paranoá.
Segundo
o Brasília Ambiental, ‘existem suspeitas que o incêndio foi
iniciado após rituais religiosos’. Em nota, o órgão informa que
solicitou perícia técnica para fazer a apuração.
Até
as 13h, o Corpo de Bombeiros recebeu ao menos 45 chamados
relacionados a incêndios em vegetação em todo o Distrito Federal.
Segundo
o tenente Marcelo de Abreu, do Serviço Operacional de Informação
Pública (Soinp), a ocorrência mais significante é a registrada no
Parque Ecológico Águas Claras, não necessariamente por suas
dimensões, mas porque a unidade de conservação fica em uma área
urbana, densamente habitada.
Segundo
a Administração Regional de Águas Claras, em 2016 havia cerca de
148 mil pessoas morando na região.
Fiscalização
O
Brasília Ambiental divulgou nota informando que, devido às
condições climáticas, está intensificando a fiscalização nas
unidades de conservação e áreas próximas para conscientizar a
população sobre os riscos de incêndios.
Auditores
fiscais estão utilizando drones para detectar eventuais
irregularidades que podem ser punidas com advertência e multa.
“Nesse
período de estiagem é preciso que a população redobre a atenção,
pois além dos danos irreparáveis à fauna e à flora, os incêndios
florestais prejudicam a saúde de todos. Após iniciado, o fogo se
torna imprevisível e pode se alastrar facilmente”, explica o
superintendente de Fiscalização, Auditoria e Monitoramento do
instituto, Humberto Valli.
O
instituto também lembra que é crime atear fogo em lixo, entulhos ou
podas de vegetação.
A
não observância pode ser punida com pena de reclusão de dois a
quatro anos ou multas que podem chegar a R$ 100 mil por hectare ou
fração, caso atinja unidades de conservação, parques e outras
áreas ambientalmente sensíveis.
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