O
Centro de Ensino 02 de Brazlândia-DF reagiu contra o Bullying, com
ajuda do professor Flávio Barroso.
Unidade
escolar, adepta da cultura da paz, também promove atividades sobre o
Setembro Amarelo, cujo foco é a prevenção do suicídio entre os
jovens
A
estudante Ana*, 14 anos, antes dócil e dedicada, tornou-se
agressiva; o estudante Lucas*, 13 anos, passou a apresentar ideação
suicida e teve que contar com apoio psiquiátrico e psicológico. As
reações dos adolescentes são decorrentes da mesma violência: o
bullying praticado no ambiente escolar.
Para
inibir essa prática, o Centro de Ensino 02 de Brazlândia tem
desenvolvido ações que buscam refletir e evidenciar o efeito
maléfico do bullying entre os jovens. Além de um projeto de
matemática que aborda o tema, a unidade escolar também promove
atividades sobre o Setembro Amarelo, cujo foco é a prevenção do
suicídio entre os jovens.
A
iniciativa tem início nesta terça (10), Dia Mundial de Prevenção
do Suicídio, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e tem
relação com a Campanha Vamos dar as Mãos?, promovida pelo Governo
do Distrito Federal.
A
ação na escola contará com peças teatrais, palestras,
apresentações musicais e a produção de um documentário. As
atividades vão até sexta (13) e culminam com o plantio de
girassóis.
Estatística
e bullying
O professor de matemática Flávio Barroso abordou o ensino da Estatística, a partir de uma proposta lúdica. Seus estudantes do 7º ao 9º ano do ensino fundamental entrevistaram pessoas da comunidade por meio de uma pesquisa para ter uma dimensão do bullying. Os dados foram coletados, organizados, tabulados e transformados em gráficos.
O professor de matemática Flávio Barroso abordou o ensino da Estatística, a partir de uma proposta lúdica. Seus estudantes do 7º ao 9º ano do ensino fundamental entrevistaram pessoas da comunidade por meio de uma pesquisa para ter uma dimensão do bullying. Os dados foram coletados, organizados, tabulados e transformados em gráficos.
“A
pesquisa mostrou que 70,54% dos entrevistados já haviam sofrido
bullying. Apenas 29,46% não registrou essa violência. Isso
evidencia o papel fundamental da escola em abordar e discutir o
tema”, explicou o professor Flávio.
Para
os alunos participantes do projeto, a experiência não poderia ter
sido melhor. “Gosto de matemática, mas participar do projeto fez
com que eu tivesse uma noção da realidade do bullying porque muitas
pessoas confessam que já sofreram”, destacou o estudante João
Vítor da Cruz, do 9º ano.
Para
Dennis Willy, os resultados já eram aguardados. “Conheço muita
gente que passa por essa experiência”, lamentou.
“Falta
maturidade para muitos jovens respeitarem as diferenças o que gera
sofrimento. É preciso respeitar para ser respeitado”, alertou a
aluna Júlia Luíza, também participante do projeto de matemática.
* Os
nomes foram trocados para resguardar a identidade dos entrevistados
Leia também: EDUCAÇÃO ORIENTA ESCOLAS PARA RISCO DA SECA
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