Por Tony Duarte
Enquanto nos 26 estados o
número de mortes se eleva em decorrência da resistência de
criminosos durante o confronto com a polícia, como as 6.160 mortes
registradas em 2018, segundo o Anuário da Violência, o Distrito
Federal segue na contramão desses números alarmantes com uma taxa
de mortalidade zero.
“Nos últimos dois anos, a PMDF reduziu a criminalidade sem
precisar matar ninguém”, sustentou o coronel Julian Rocha Pontes,
comandante-geral da instituição militar brasiliense, durante
entrevista coletiva concedida a blogueiros de política nesta
terça-feira (15/10).
A razão para combater criminosos sem precisar usar o poder letal,
como ocorre com a maioria das polícias do país, está no fato,
segundo o comandante da PMDF na eficiência operacional de sua tropa.
Pontes afirmou que o DF está entre os sete entes federativos que
conseguiram progressivamente fazer redução dos índices de
homicídios de 2016 até a presente data.
“Mesmo recuando para 2013, praticamente só o DF apresentou a
redução de homicídios, conforme revela os dados do Fórum
Brasileiro de Segurança Pública capitaneado pelo IPEA”, disse.
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Polícia Militar, não há civilização
Se no resto do país, a ação letal empregada pelas forças
policiais fechou o ano de 2018 com 6.160 mortes cometidas por
policiais em serviço, no Distrito Federal, segundo o Anuário da
Violência, não foi registrado nenhum caso de morte decorrente de
intervenção militar no mesmo ano.
Mesmo assim, sem precisar usar o seu poder letal no combate ao crime,
o comandante Pontes afirma que a PM que ele comanda ainda não é uma
organização perfeita. Sustenta que ainda é preciso melhorar e
ampliar o diálogo com a sociedade.
No entanto, destaca que a sua corporação é a instituição que
menos mata no Brasil e que respeita os direitos humanos.
Para o comandante, a PMDF tem feito o seu papel mesmo com o baixo
efetivo de apenas 11 mil homens, já computado com os 750 soldados
que ainda estão em processo de formação para ir para as ruas.
Segundo ele, o ideal são 18 mil homens porque o DF foi a região
metropolitana que mais cresceu no Brasil nos últimos anos.
Mesmo com o aparato diminuído, temos reduzido os índices de
criminalidade. Essa polícia já teve 16 mil homens há dez anos
passados e os índices criminais eram bem maiores.
Ele disse que apesar do pouco investimento para o aumento da tropa, a
instituição fez grandes investimentos em eficiência que envolve a
capacitação e treinamento do efetivo, além de equipamentos e o uso
das novas tecnologias para o combate ao crime.
“Quando eu falo da qualidade
e da eficiência, não falo somente da PMDF. A policia Civil, o Corpo
de Bombeiros e a Defesa Civil que compõem as forças de segurança
do DF, conquistaram também o mesmo caminho da eficiência. Foi-se a
época que cada um queria ser maior ou melhor que o outro. Essa
equivocada política do passado nos mostrou que não traz o resultado
satisfatório que a sociedade precisa e exige”, disse .
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