Por
Gercy Joaquim Camelo
É
chocante afirmar que o Brasil está à beira do abismo. Mas é
verdade, não podemos mais tapar o sol com a peneira e nem fingir que
estamos com dificuldades de enxergar o que acontece no Brasil.
O
nosso país está dividido, de um lado as pessoas que pregam e fazem
o bem, do outro lado as pessoas que fomentam e praticam o mal. É
exatamente isso que está acontecendo na sociedade brasileira.
Estamos
presenciando a criação de uma sociedade alternativa, focada no
ódio, na violência e na luta contra a ordem estabelecida.
Os
protagonistas dessa nova sociedade nos veem como inimigos, não
respeitam as leis, são aéticos, imorais, mentirosos e usam os
falsos discursos para persuadir os brasileiros menos esclarecidos.
As
cadeias estão lotadas de bandidos, muitos já morreram em confronto
com as forças do estado, mas a guerra continua, de fora e de dentro
dos presídios.
O
confronto não é a melhor opção, mas para o momento que vivemos, é
a única para impedir que essas organizações criminosas cresçam e
construam essa sociedade alternativa.
Quando
o assunto é segurança pública e criminalidade, sempre aparecem os
especialistas na área com propostas e soluções mágicas e
imediatistas.
Acontece
que esse é um problema complexo, envolve diversos setores da
sociedade, e tem motivação na impunidade, na desigualdade social,
na deficiência do sistema penitenciário e na ausência de políticas
públicas capazes de atingirem a prevenção e os efeitos danosos que
a violência produz na sociedade.
A
violência e a criminalidade no Brasil viraram negócio altamente
lucrativo. Se não bastasse a ação cruel das organizações
criminosas, que matam, assaltam, estupram, traficam armas e drogas,
têm também infinidade de programas de televisão e outros meios de
comunicação social que se prestam a fazerem apologia do crime e
promoverem os criminosos.
Todo
mundo sabe que a mentira falada muitas vezes acaba sendo entendida
como verdade. A mesma coisa é a violência e a criminalidade, quanto
mais se fala em violência, em crime e em criminoso, ainda que seja
em situação de desvantagem para eles, estaremos promovendo a
cultura da insegurança e, até certo ponto, estimulando o extinto
violento das pessoas.
Quando
o assunto é segurança pública e criminalidade, sempre aparecem os
especialistas na área com propostas e soluções mágicas e
imediatistas.
Acontece
que esse é um problema complexo, envolve diversos setores da
sociedade, e tem motivação na impunidade, na desigualdade social,
na deficiência do sistema penitenciário e na ausência de políticas
públicas capazes de atingirem a prevenção e os efeitos danosos que
a violência produz na sociedade.
A
violência e a criminalidade no Brasil viraram negócio altamente
lucrativo. Se não bastasse a ação cruel das organizações
criminosas, que matam, assaltam, estupram, traficam armas e drogas,
têm também infinidade de programas de televisão e outros meios de
comunicação social que se prestam a fazerem apologia do crime e
promoverem os criminosos.
Todo
mundo sabe que a mentira falada muitas vezes acaba sendo entendida
como verdade. A mesma coisa é a violência e a criminalidade, quanto
mais se fala em violência, em crime e em criminoso, ainda que seja
em situação de desvantagem para eles, estaremos promovendo a
cultura da insegurança e, até certo ponto, estimulando o extinto
violento das pessoas.
Todos
nós sabemos que a população das pessoas de bem é infinitamente
maior do que a população das pessoas que optaram pelo mundo do
crime.
Porém,
por omissão e descomprometimento com a paz na sociedade e nas
famílias, a sociedade alternativa, formada por aqueles que vivem
fora da lei, está colocando todo mundo sobressaltado e impedido de
gozar do sublime direito de ir e vir, sem ser assaltado ou morto,
como infelizmente vem acontecendo na nossa sociedade.
Não
é demais falar e muito menos pedir que os brasileiros e as
autoridades se unam na manutenção da sociedade do bem e contra o
surgimento de qualquer organização que venha contra a ordem
estabelecida e os princípios culturais de nosso povo.
Não
dá mais para ficarmos contabilizando os mortos, fazendo estatísticas
e procurando saber de onde veio a bala que matou essa ou aquela
pessoa inocente.
Depois
do fato consumado, pouca coisa se pode fazer, a não ser apurar as
causas e punir os autores, coisa que quase não acontece no Brasil.
Será
que é tão difícil saber porque morre tanta gente vítimas de balas
“perdidas,” na cidade que vive diuturnamente sob fogo cruzado
entre bandidos e as forças públicas?
Enquanto
continuar esse quadro, as famílias podem continuar chorando e,
infelizmente, esperando a morte das próximas vítimas inocentes de
balas “perdidas. A palavra “perdidas” entre aspas, significa
dizer que em guerra não há bala perdida.
E
o que vimos nos morros do Rio de Janeiro é uma verdadeira guerra
entre os protagonistas do crime organizado.
*
Gercy Joaquim Camelo é Coronel da Reserva Remunerada da Policia
Militar de Goiás
Fonte: Radar DF
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