Causa da morte de aproximadamente 317 mil pessoas em 2019,
segundo estimativa da Sociedade Brasileira de Cardiologia, as doenças
cardiovasculares merecem especial atenção da saúde pública. Para
tratar do tema e orientar a população, a Secretaria de Saúde
promoveu, neste domingo (20), o evento Unidos pela
vida no combate ao AVC e infarto agudo do miocárdio, no
Parque da Cidade.
“A maior causa de mortalidade são as doenças cardiovasculares. Em
primeiro lugar está o infarto e, em seguida, o AVC. Em comum, os
mesmos fatores de risco. Por isso, precisamos conscientizar a
população a manter hábitos saudáveis”, destaca a coordenadora
do projeto de Infarto da Secretaria de Saúde, Edna Marques.
Durante toda a manhã, além de explicar aos frequentadores do parque
sobre as doenças e o fluxo de atendimento na rede pública, foram
oferecidas Práticas Integrativas em Saúde como a Yoga, aferição
de pressão arterial e oficinas de primeiros socorros.
O aposentado Antônio Nere, 72 anos, foi um dos que aproveitou a
oportunidade para conhecer os serviços oferecidos pela pasta.
Morador de Ceilândia, ele pedalou 23 quilômetros até o Parque da
Cidade e diz sempre estar atento à própria saúde.
Carioca, o contador Carlos Marinho, 55 anos, também esteve nas
tendas da Secretaria de Saúde. Visitando o Parque da Cidade pela
primeira vez, o morador do Rio de Janeiro levou toda a família para
receber as orientações da Saúde do DF.
“Muitas pessoas, durante a semana, não têm esse acesso aos
serviços de saúde. Então, atividades como esta, domingo, no
parque, tornam a saúde mais acessível e proporcionam informação.
Isso é fundamental para manter a saúde em dia”, aprovou o
turista.
Doença
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) ocorre quando algum vaso sanguíneo
do cérebro entope ou se rompe. É uma emergência médica e, uma vez
identificado, é fundamental que o paciente acometido seja atendido
em hospital especializado o mais rápido possível.
Os principais sintomas do AVC ocorrem de uma hora para a outra e
devem ser prontamente identificados: perda de força e ou da
sensibilidade em um dos lados do corpo; dificuldade para sorrir, com
paralisia de um dos lados do rosto; dificuldade para falar ou
entender o que as outras pessoas falam.
O AVC tem tratamento e quanto mais rápido o paciente for atendido,
maiores as chances de reverter por completo as sequelas e reduzir a
chance de óbito. É fundamental a informação do horário de início
dos sintomas. Em caso de suspeita de um AVC, deve-se ligar
imediatamente para o Samu (192) e chamar o socorro.
“Este evento é um trabalho magnífico, pois tratamos da questão
da prevenção. Além disso, na parte assistencial, temos atuado para
melhorar a nossa assistência, como determinou o nosso governador
Ibaneis Rocha. Na Região Leste, por exemplo, tivemos um grande
avanço com a planificação”, destacou o secretário de Saúde,
Osnei Okumoto, acompanhado do diretor-presidente do Instituto de
Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF),
Francisco Araújo.
Organização
A rede pública de saúde tem se estruturado, cada vez mais, para
prestar a assistência adequada aos casos de infarto e AVC. De acordo
com a secretária-adjunta de Assistência à Saúde, Lucilene
Florêncio, a meta é uniformizar o trabalho em toda a rede,
garantindo a excelência entre as regiões de saúde.
“Estamos capilarizando toda a rede para que ela possa estar
preparada para atender aos pacientes com esses quadros. Trabalhamos
para que todas as regiões, principalmente as mais populosas e com
pessoas com idades mais avançadas, possam ter equipes bastante
preparadas, não só para o caso agudo, mas para a prevenção”,
completou a secretária.
Em casos de infarto, o paciente deve ser direcionado, imediatamente,
a uma Unidade de Pronto Atendimento ou hospital mais próximo. Para o
AVC, o hospital de referência para atendimento do paciente com menos
de quatro horas do início dos sintomas é o Hospital de Base. Para
pessoas que apresentaram sintomas acima desse tempo, os hospitais de
referência são o da Asa Norte, Base, Região Leste (antigo Hospital
Regional do Paranoá), Gama, Sobradinho, Ceilândia e de Taguatinga.
Com a estruturação da rede, além dos treinamentos das equipes, uma
comunicação rápida e eficiente facilitam o tratamento e aumentam
as chances de recuperação do paciente. Para isso, as unidades de
saúde receberam tablets, que facilitam a troca de informações
clínicas entre os profissionais das emergências e unidades
especializadas.
As atividades deste domingo (20) foram realizadas pela Secretaria de
Saúde em parceria com o Iges-DF, Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência, Caesb, Administração do Parque da Cidade e o Instituto
de Assistência à Saúde dos Servidores.
Fonte: Agência Brasília
0 Comentários
Obrigado pela sugestão.