“Nosso
estudo mostrou que a utilização da inteligência artificial
aprimora a eficácia do atendimento”, afirma cardiologista.
Uma
pesquisa conduzida no Laboratório Aterolab da Faculdade de Ciências
Médicas (FCM), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp),
conseguiu aplicar a inteligência
artificial para
identificar os riscos de pacientes com doenças cardíacas crônicas.
Um
algoritmo classifica os pacientes em maior ou menor risco a eventos
clínicos adversos e ainda permite quantificar os gastos no
tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A
pesquisa foi apresentada durante o 74º Congresso Brasileiro de
Cardiologia, e levou o primeiro lugar no International Society for
Pharmacoeconomics and Outcomes Research (ISPOR) Europe 2019, um dos
congressos mais importantes de inovação da Europa,
informa o site Olhar
Digital.
Andrei
Sposito,
orientador da pesquisa, explicou que o objetivo do estudo é melhorar
na precisão médica e auxiliar na tomada de decisões:
“[Projeto]
precisa decidir se o paciente pode ter alta, se precisa de outro tipo
de intervenção ou de cuidados de alto custo, se pode ir para um
hospital da rede pública ou ficar em hospital de alta complexidade.
Para facilitar essa decisão, criamos alguns algoritmos sofisticados
baseados em equações a partir da soma de características dos
pacientes.”
O
cardiologista Luiz
Sérgio F. de Carvalho disse
que o estudo tornou possível prever 92% dos
eventos clínicos que um paciente poderia ter:
“Nosso
estudo mostrou que a utilização da inteligência artificial
aprimora a eficácia do atendimento. Conseguimos identificar quem tem
mais chance de morrer, de voltar para o hospital ou de custar mais
caro. Conseguimos identificar 10% dos pacientes que consomem mais de
30% dos recursos gastos. Podemos prevenir que tudo isso aconteça
usando essa nova tecnologia.”
Fonte: Renova Mídia
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