São Paulo impulsionou índice
médio nacional de outubro
A indústria cresceu 0,8% em
outubro de 2019, na comparação com o mês anterior. Houve
incremento do setor em sete dos 15 locais pesquisados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo Pesquisa
Industrial Mensal Regional, divulgada hoje (10). Os
destaques foram para Goiás (4,0%) que, pela quinta vez
consecutiva, registra taxa positiva e acumulou ganho de 6,4% no
período. O Amazonas teve alta de 2,3% e eliminou a perda de
1,6% de setembro. São Paulo cresceu 1,5%, a Região Nordeste, 1,2% e
Bahia, 0,9%.
São Paulo foi responsável por
puxar o índice médio nacional para cima já que concentra 34% da
indústria brasileira.
“Os setores de veículos e de
alimentos, com destaque para a produção de cana-de-açúcar, foram
os principais impulsionadores na alta de 1,5% apresentada na produção
paulista”, explicou o pesquisador do IBGE Bernardo Almeida.
Também cresceram, mas abaixo da
média nacional, o Mato Grosso (0,6%) e o Rio de Janeiro (0,2%).
O Espírito Santo, que tinha registrado crescimento de 3,3% no mês
anterior, teve queda de 8,1%, em outubro. Após crescer por três
meses consecutivos, o Paraná registrou variação nula (0,0%) em
outubro. Os outros locais com resultados negativos foram Pará
(-1,3%), Ceará (-1,1%), Minas Gerais (-0,7%), Pernambuco (-0,6%),
Santa Catarina (-0,6%) e Rio Grande do Sul (-0,2%).
Se comparado com outubro de
2018, o crescimento do setor industrial ficou em 1,0% em outubro de
2019. O IBGE destacou que outubro deste ano teve 23 dias
úteis, um a mais que igual mês do ano anterior. Nesse período, as
expansões mais intensas foram em Goiás (11,2%) e no
Paraná (9,4%). De acordo com o órgão, a alta em Goiás foi
influenciada, principalmente, pelos avanços nos setores de coque,
produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, produtos
alimentícios, veículos automotores, reboques e carrocerias,
produtos farmoquímicos e farmacêuticos. Já no Paraná os setores
de veículos automotores, reboques e carrocerias e produtos
alimentícios puxaram a elevação. Também ficaram acima da
média Amazonas (6,1%), Rio de Janeiro (5,7%), São
Paulo (5,0%) e Mato Grosso (2,2%). Pernambuco ficou com apenas 0,3%.
O Espírito Santo mostrou recuo
acentuado (-22,5%) pressionado, principalmente, pelo comportamento
negativo das atividades de indústrias extrativas, de celulose, papel
e produtos de papel e de metalurgia. A queda também foi registrada
em Minas Gerais (-3,9%), Pará (-2,8%), Bahia (-1,7%), Rio Grande do
Sul (-1,7%), Santa Catarina (-1,6%), Região Nordeste (-1,6%) e Ceará
(-0,4%
Acumulado
A produção nacional caiu no
período acumulado de janeiro a outubro de 2019, na comparação
com mesmo período do ano anterior. A maior queda (14,0%) foi
registrada no Espírito Santo em função dos resultados da
indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados ou
sintetizados, óleos brutos de petróleo e gás natural), celulose,
papel e produtos de papel (celulose) e metalurgia (tubos flexíveis e
tubos trefilados de ferro e aço, lingotes, blocos, tarugos ou placas
de aços ao carbono e bobinas a quente de aços ao carbono não
revestidos). As demais taxas negativas ficaram com Minas Gerais
(-4,6%), Região Nordeste (-4,0%), Mato Grosso (-3,6%), Bahia
(-2,8%), Pernambuco (-2,6%) e Pará (-1,3%).
Os avanços mais elevados no
acumulado no ano foram notados no Paraná (6,9%) e no Rio Grande
do Sul (3,7%). Também tiveram taxas positivas no período, Amazonas
(2,9%), Goiás (2,8%), Santa Catarina (2,6%), Ceará (1,2%), Rio de
Janeiro (0,9%) e São Paulo (0,4%).
Doze meses
A indústria nacional caiu 1,3%
nos últimos doze meses até outubro de 2019. No período, sete dos
15 locais pesquisados registraram taxas negativas. Apesar disso, seis
locais tiveram maior dinamismo na comparação com setembro. Goiás
saiu de -0,7% para 1,2%, o Rio de Janeiro de -0,4% para 0,3%, São
Paulo passou de -1,1% para – 0,4%, o Paraná de 5,2% para 5,9% e o
Mato Grosso melhorou de -3,8% para -3,3%. Já as perdas ficaram com o
Espírito Santo que saiu de -8,7% para -11,2%, o Rio Grande do Sul de
5,6% para 4,1%, o Pará de 1,6% para 0,2% e Santa Catarina de 3,5%
para 2,6%. (ABr)
Fonte: Diário do Poder
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