Iniciativa visa a um
diagnóstico precoce da doença
A Campanha de Enfrentamento da
Hanseníase no Distrito Federal de 2020 foi lançada no Palácio do
Buriti, na sexta-feira (18). O objetivo é diagnosticar novos casos
da doença no DF e aproximar a população das práticas de promoção
da saúde para prevenção e diagnóstico precoce do problema. Para
reforçar a iniciativa, o Palácio do Buriti recebeu uma iluminação
especial, na cor roxa, alusiva ao mês de prevenção e enfrentamento
da hanseníase.
“A iniciativa é
importante para melhorar o diagnóstico e o tratamento da doença.
Além disso, contaremos com um trabalho educativo para conscientizar
a população sobre a doença e os cuidados. Nossos profissionais
estarão ainda mais empenhados para que, no Distrito Federal,
tenhamos mais diagnósticos, menos casos e mais registros de
cura”, destacou
o secretário de Saúde, Osnei
Okumoto.
A ação inicia, oficialmente,
as atividades da secretaria relativas ao tema. Para fomentar a
campanha, o Consultório Itinerante para Prevenção e Enfrentamento
da Hanseníase estará nas regiões de saúde entre os dias 20 de
janeiro e 10 de março, contemplando 13 regiões administrativas.
Além desta iniciativa, as unidades básicas de saúde (UBS), as da
Atenção Secundária e Hospitalar estarão preparadas para atender a
demanda da campanha.
“O Consultório Itinerante
terá profissionais da Atenção Primária, que passarão por
treinamentos, e especialistas da Universidade de Brasília (UNB). A
carreta vai percorrer todas as regiões de saúde fazendo
diagnósticos e conscientizando a população do DF sobre a
hanseníase e suas complicações”,
ressalta o subsecretário de Atenção Integral à Saúde, Ricardo
Tavares.
Além da UnB, a iniciativa conta
com a parceria do Ministério da Saúde, do Conselho de Saúde e do
Grupo de Apoio às Mulheres Atingidas pela Hanseníase (Gamah).
“Espero que essa campanha
alcance muitas pessoas e obtenha sucesso. É importante sabermos o
número de casos, mas é preciso que essas pessoas sejam acompanhadas
e que obtenham a cura da doença”, pontua
a representante do Gamah, Marlí Araújo.
JANEIRO ROXO – A
ação é realizada em sintonia com o Janeiro Roxo, uma ação
nacional de combate da hanseníase, que busca melhorar o controle da
doença por meio da disseminação de informações especializadas e
da conscientização da população sobre sua gravidade, bem como da
necessidade de diagnóstico e tratamento precoces, contribuindo para
a redução do preconceito acerca da doença.
A hanseníase se manifesta
principalmente por meio de lesões na pele e sintomas neurológicos,
como dormências e diminuição de força nas mãos e nos pés. O
paciente em tratamento ou que já recebeu alta não transmite mais a
doença. As pessoas sem tratamento expelem os bacilos através das
secreções nasais, gotículas de saliva, tosse e espirro.
A doença acometeu a humanidade
por centenas de anos sem que houvesse tratamento, o que provocou
muita discriminação e o isolamento dos pacientes. No entanto,
atualmente existem antibióticos bastante eficazes contra a
hanseníase, que pode ser tratada e curada sem que o paciente precise
se afastar da sua rotina. O tratamento é gratuito e oferecido nas
unidades básicas de saúde.
DADOS – Segundo
o Ministério da Saúde, o Brasil ocupa a segunda posição do mundo
entre os países que registram casos novos de hanseníase, acometendo
mais de 27 mil brasileiros. No Distrito Federal, foram
diagnosticados, em 2018, 438 novos casos, entre residentes e não
residente. Mais de 80 casos são provenientes de outros estados:
Goiás, Bahia, Minas Gerais, Piauí, Maranhão e Mato Grosso do Sul.
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