Segundo documento, criação depende de
condições do mercado e visa contribuir para a melhora da dívida
pública
Em meio a
um ambiente de juros no menor patamar histórico, o Tesouro Nacional
pretende emitir títulos públicos prefixados com vencimentos mais
longos, acima de dez anos. O assunto consta no Plano Anual de
Financiamento (PAF) de 2020, divulgado pelo Tesouro Nacional nesta
terça-feira (28).
De acordo com
o documento, a criação depende das condições de mercado e visa
“contribuir para o alongamento da estrutura a termo de taxas de
juros, com externalidades positivas para o mercado de capitais”.
Atualmente, o título prefixado de maior prazo
oferecido no Tesouro Direto e disponível para compra corresponde ao
com juros semestrais e vencimento em 2029. Os outros dois papéis
disponíveis para aplicação vencem em 2022 e 2025 e não contam com
o pagamento de cupons semestrais.
Esta não é a primeira vez que o assunto vem à
tona. Em outubro passado, o Tesouro confirmou que estava
estudando a criação de um novo título público prefixado com
vencimento de pelo menos 20 anos.
Segundo o PAF, diante do vencimento, a partir
de 2021, de títulos indexados à Selic (LFTs) que foram ofertados em
2015, “se abrirá uma interessante janela de oportunidade para a
substituição [desses papéis] por instrumentos com taxas prefixadas
ou remunerados por índices de preços”.
Retorno prefixado
Ao comprar um papel prefixado (conhecido
anteriormente por LTN), o investidor está fixando na compra o
rendimento que será pago no futuro. Até o vencimento, contudo, o
retorno irá oscilar de acordo com o comportamento dos juros: caso as
taxas subam, o valor desses papéis será ajustado para baixo – o
que pode levar o investidor à perda de dinheiro. E vice-versa.
Desta forma, esse tipo de papel é indicado
para quem acredita que as taxas de juros tendem a cair, ou para quem
quer garantir determinado rendimento anual, com intenção de
resgatar o papel apenas na data de vencimento.
Fonte: Infomoney
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