O
Conselho de Ética da Câmara dos Deputados arquivou nesta
quarta-feira (12), por unanimidade (13 votos), a representação do
PSL contra Carla Zambelli (PSL-SP).
Ela
respondia a processo por quebra do decoro parlamentar por
supostamente ter ofendido a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP).
Em
outubro do ano passado, Carla Zambelli criticou a ex-líder do
governo no Congresso Nacional em um post publicado
no Twitter. A deputada usou a hashtag “#DeixedeSeguirAPepa”,
uma referência ao personagem de desenho animado Peppa Pig, que é
uma porca, e pediu a seus seguidores que não manifestassem apoio a
Joice Hasselmann.
Em
sua defesa, Carla Zambelli afirmou que também é vítima de apelidos
nas redes sociais e que já teria sido ofendida pela colega do
partido.
“Como
de conhecimento e domínio público em favor inclusive da suposta
ofendida, um meme não
será jamais motivo de falta de decoro ou ética com o colega, visto
que a própria vítima neste caso, em suas publicações, e mais
graves e sem apoio, já alegou de seu lado, contra a representada,
sem provas que Carla Zambelli teria ‘abortado’, que seria
‘prostituta’ e nem por essas razões o [presidente do PSL
Nacional] Luciano Bivar teria realizado pedidos de representação
contra Joice”, alegou a defesa de Carla Zambelli.
O
relator da representação, Márcio Marinho (Republicanos-BA),
argumentou que os deputados têm imunidade parlamentar, o que garante
a eles o direito a suas opiniõe,s pelas quais não podem ser
processados.
“As
palavras proferidas pela representada se deram em razão do exercício
da atividade parlamentar. Afinal, conforme se infere do contexto em
que se deram os fatos, as palavras foram proferidas em razão de uma
disputa interna que se deu no Partido Social Liberal, em que
deputados da sigla começaram a questionar, mutuamente, a atuação
parlamentar de seus pares”, afirmou Marinho. “A vinculação das
palavras ao exercício do mandato parlamentar, portanto, parece
clara, o que exclui sua ilicitude”, acrescentou o parlamentar.
Filipe
Barros
A
representação do PT contra o deputado Filipe Barros (PSL-PR) por
quebra de decoro parlamentar, que seria analisada também nesta
quarta-feira, não foi avaliada após pedido de vista ao relatório
do deputado Guilherme Derrite (PP-SP).
Conforme
a representação, Barros ofendeu o PT e o senador petista Humberto
Costa (PE) em reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito
(CPMI) sobre Fake
News (notícias
falsas), em novembro do ano passado. Na ocasião, o deputado chamou o
senador de “Drácula”, “vampirão”, “vampiro” e
“sanguessuga”.
(Agência
Brasil)
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