Por Oliver
Por
alguma razão, as narrativas plantadas e divulgadas pela mídia
contra a direita sempre têm intenções ocultas
Adriano Magalhães da Nóbrega, ex-capitão da PM do Rio de Janeiro,
estava com prisão decretada desde janeiro de 2019 por suspeitas de
chefiar milicias ligadas ao chamado Escritório do Crime.
A ex-mulher, Danielle Mendonça, e a mãe de Adriano, Raimunda Veras
Magalhães, foram assessoras de Flávio Bolsonaro.
Nóbrega estava foragido na Bahia, pois, segundo seu advogado Paulo
Catta Preta, temia ser assassinado na prisão.
No último dia 9 de fevereiro, Adriano foi morto pela polícia baiana
em um sítio em Esplanada, interior da Bahia.
O dono do sítio, vereador Gilsinho (PSL), declarou não conhecer
Adriano. A despeito de ser do partido no qual Bolsonaro foi afiliado
quando candidato a Presidente, o vereador apoiou Fernando Haddad e o
atual governador baiano, o petista Rui Costa nas eleições de
2018:
“Nunca fui ideologicamente afinado com o presidente. Não tenho
nenhum alinhamento. Fiz campanha para o Rui Costa no Estado e para
Haddad na nacional.”
O ex-capitão, de acordo com a polícia, foi morto em uma troca de
tiros com os agentes da PM. Para o presidente Jair Bolsonaro, no
entanto, a morte de Nobrega foi “queima de arquivo” da PM da
Bahia:
“Quem foi responsável pela morte do capitão Adriano foi a PM da
Bahia, do PT. Precisa dizer mais alguma coisa? Não tem nenhuma
sentença julgada condenando o capitão Adriano por nada, sem querer
defender”, afirmou o presidente em evento realizado no último
sábado, dia 15.
O governador baiano respondeu às declarações de Bolsonaro:
“Não mantenho laços de amizade nem presto homenagens a bandidos nem procurados pela Justiça”
“Não mantenho laços de amizade nem presto homenagens a bandidos nem procurados pela Justiça”
O Governo do Estado da Bahia não mantém laços de amizade nem presta homenagens a bandidos nem procurados pela Justiça. A Bahia luta contra e não vai tolerar nunca milícias nem bandidagem.— Rui Costa (@costa_rui) February 15, 2020
Na Bahia, trabalhamos duro para prevalecer a Lei e o Estado de Direito.
A corregedoria da Polícia Militar da Bahia – órgão responsável
pela análise, investigação, solução e/ou encaminhamento de
denúncias de crimes e infrações administrativas praticadas por
policiais militares -, investigará, de acordo com o Jornal Hoje, se
houve execução proposital do ex-capitão Nobrega.
Um dos membros da corregedoria é George Matos, irmão do
psolista e ex-deputado federal Jean Wyllys. Em 2017, Matos –
membro do coletivo Policiais Baianos Progressistas e pela
Democracia – fez uma nota de repúdio ao então deputado federal
Jair Bolsonaro, afirmando que o parlamentar era contra os direitos
humanos.
Corregedoria-geral da Secretaria de Segurança Pública da Bahia vai investigar a morte do miliciano ligado a Flávio Bolsonaro, em parceria com a PM da Bahia. pic.twitter.com/u1rkXJLz9D— Xavi_Man_San 🔻 (@Mandaosan1) February 11, 2020
Em 2018, Matos foi colaborador do evento esquerdista II Seminário
Nacional dos Policiais Antifascismo, no Fórum Social Mundial,
em Salvador.
Nesta terça-feira, dia 18, o Ministério Público da Bahia
solicitou um exame de necropsia no corpo do ex-capitão do Bope
para esclarecer a trajetória dos tiros. Hoje pela manhã, em
Brasília, Bolsonaro pediu uma perícia independente:
“Primeiro eu estou pedindo, já tomei as providência legais, que
seja feita uma perícia independente, que sem isso você não tem
como buscar até, quem sabe, quem matou a Marielle. A quem interessa
não desvendar a morte da Marielle? Os mesmos a quem não interessa
desvendar o caso Celso Daniel”
Esse país surpreende todo dia. Nunca imaginei testemunhar o Presidente acusando a Polícia de execução e um grupo de governadores (muitos esquerdistas) sustentando que a Polícia agiu no estrito cumprimento do dever legal!— Janaina Paschoal (@JanainaDoBrasil) February 18, 2020
Fonte: Senso Incomum
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