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Flávio Bolsonaro muda o tom, surpreende analistas e assume postura de estadista rumo a 2026


As primeiras entrevistas concedidas por Flávio Bolsonaro após o anúncio de sua pré-candidatura à Presidência da República revelaram um desempenho que contrariou expectativas e surpreendeu até analistas mais céticos. Longe de um discurso meramente confrontacional, o senador adotou uma postura marcada por equilíbrio, firmeza e clareza técnica, sinalizando maturidade política e disposição para dialogar com diferentes setores da sociedade.
No tema Bolsa Família, Flávio evitou o caminho fácil da negação do programa. Reconheceu sua importância social, especialmente em regiões de maior vulnerabilidade, mas foi incisivo ao criticar o uso político do benefício e a ausência de mecanismos eficazes de emancipação econômica. Ao defender a integração do programa com políticas de emprego, qualificação profissional e incentivo ao empreendedorismo, apresentou uma visão estrutural, focada em reduzir a dependência permanente do Estado sem ignorar a realidade social brasileira.
Já na Segurança Pública, o senador adotou um discurso mais assertivo. Defendeu o enfrentamento firme ao crime organizado aliado ao fortalecimento institucional das forças de segurança, com ênfase em inteligência policial, integração entre União e estados e valorização dos profissionais da área. A crítica à falta de coordenação nacional no combate às facções criminosas foi direta, porém sem retórica exagerada ou apelos emocionais.
No delicado debate sobre o ativismo do Judiciário, Flávio manteve tom cuidadoso, mas firme. Reafirmou a necessidade de equilíbrio entre os Poderes e alertou para os riscos de decisões judiciais que extrapolam os limites constitucionais, sobretudo quando afetam o processo político e a liberdade de expressão. Ao evitar ataques personalistas, buscou se posicionar como defensor da institucionalidade e da separação de Poderes, reforçando que críticas ao ativismo não significam desrespeito às instituições, mas sim a defesa do seu correto funcionamento.
De modo geral, as entrevistas revelam um Flávio Bolsonaro mais preparado para o debate nacional, com discurso menos reativo e mais estratégico. Ainda que suas posições gerem controvérsia, o tom adotado — crítico, racional e propositivo — indica uma tentativa clara de se apresentar como liderança capaz de dialogar, sem abrir mão de princípios conservadores e de uma agenda firme em temas centrais para o eleitorado.

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