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MP denuncia Policiais do Bope após operação mais letal do ano no RJ!

 
Seis policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) do Rio de Janeiro passaram a responder formalmente à Justiça após denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado (MP-RJ). Eles são acusados de irregularidades cometidas durante a operação integrada realizada no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro em 28 de novembro — ação que terminou com 122 mortos, segundo dados oficiais.
As investigações foram impulsionadas por imagens das câmeras corporais, que registraram condutas consideradas ilícitas e manobras para impedir o funcionamento dos equipamentos. Cinco dos agentes já haviam sido presos no mesmo dia da operação.
De acordo com o MP, os vídeos revelam práticas isoladas de policiais que atuavam na linha de frente. Em um dos casos mais graves, dois sargentos aparecem retirando um fuzil semelhante a um AK-47 de uma residência no Alemão, logo após criminosos se renderem. O armamento foi colocado em uma mochila sem qualquer registro na contagem oficial de apreensões — configurando furto qualificado.
Outra parte da denúncia envolve o desmonte de um veículo Fiat Toro encontrado na Vila Cruzeiro. Um subtenente e um sargento teriam retirado peças do carro, enquanto outro policial tentou bloquear a gravação da câmera. Um quarto agente, presente no local, não interveio para impedir a ação.
O MP destacou que houve “tentativa deliberada” de comprometer o funcionamento das câmeras corporais, o que, segundo o órgão, demonstraria intenção clara de dificultar o controle interno e a supervisão sobre as condutas dos policiais no terreno.
A operação do dia 28 envolveu equipes das polícias Civil e Militar e foi uma das mais letais do ano. O governo do Rio afirma que 117 dos 122 mortos eram criminosos, e cinco eram agentes de segurança.
O caso reacende o debate sobre transparência, controle operacional e o uso de câmeras corporais, que se tornaram ferramenta central para investigar condutas policiais em ações de alta letalidade.

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