Por
Gabriel Pontes, BSB Capital
Fraga
é conhecido por defender pautas conservadoras na Câmara.
O
perfil conservador do deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF), que é
contra o aborto e outras demandas, são as credenciais do parlamentar
para ter o apoio da Frente Evangélica como candidato a governador em
2018. A aliança tem o apoio do PSC, PHS, Podemos e PROS. Nomes de
peso, como o empresário Paulo Octávio (PP) e o deputado Izalci
Lucas (PSDB) também participam das articulações.
Ao
Brasília Capital, Fraga afirmou que as conversas “estão boas”,
mas se esquivou de cravar que será o responsável pela extrema
direita nas eleições de 2018 no DF. “É uma frente conservadora
para acabar com essa esquerda que está acabando com Brasília”,
afirmou, ensaiando discurso semelhante ao de Jair Bolsonaro (PSC-RJ)
– provável candidato a presidente da Frente Evangélica. “Eu
adoraria ter um vice evangélico”, confessou o representante do
DEM.
Segundo
Fraga, a aliança tem tudo para ser um sucesso, mas é preciso tomar
cuidado com as vaidades. “Juntos, somos muito fortes. Mas
precisamos conversar para escolher os nomes certos para os cargos”,
disse. “Os evangélicos também precisam se entender”, alfinetou,
citando o federal Ronaldo Fonseca (PROS) e o distrital Rodrigo
Delmasso (Podemos).
Com
eleitorado fiel e considerável tempo no rádio e na TV, a Frente
Evangélica brilha os olhos ao assistir os discursos de Fraga na
Câmara dos Deputados. Líder da Bancada da Bala, o parlamentar
deverá ter o apoio de importantes evangélicos, como o do Bispo Edir
Macedo – que agrega a audiência da TV Record e a confiança dos
seguidores da Igreja Universal.
Fraga
tem as bençãos dos líderes nacionais das legendas que podem compor
a aliança. Além dos discursos, o fato de Fraga ter sido o mais
votado para a Câmara Federal também pesa na escolha. A Frente
Evangélica chegou a ser procurada pelo senador Cristovam Buarque
(PPS), que pediu apoio para sua reeleição. Mas o grupo se recusou a
apoiá-lo, devido às suas ligações históricas com a esquerda.
Apesar
de citar outros da política local, como Tadeu Filipelli (PMDB),
Alírio Neto (PTB) e Jofran Frejat (PR), Fraga prefere não falar
sobre Arruda. “Tem espaço para todos. São seis cadeiras
majoritárias”. Sobre os rolos da turma na Justiça, o parlamentar
ressaltou que não foi citado nas últimas denúncias, mas que
prefere não apontar o dedo para ninguém. “Se aponto um dedo para
você, estou apontando três.
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