Por
Angelica Ca e Paulo Eneas
Enquanto
a grande imprensa e parte dos influenciadores de opinião na
internet, incluindo muitos do campo da direita, prosseguem com a
histeria falaciosa de que a Lava Jato “acabou”, no mundo real a
operação prossegue com ações quase diárias, como tem sido a
tônica no Governo Bolsonaro.
Na
manhã de hoje (02/10) a Polícia Federal deflagrou a Operação
Armadeira,
cujo objetivo é o de desarticular organização criminosa formada
por auditores e analistas que estariam atuando dentro da Receita
Federal na prática de crimes de corrupção e lavagem de
dinheiro. Foram cumpridos 39 mandados de busca e apreensão, 5
mandados de prisão temporária e 9 mandados de prisão preventiva.
As
investigações tiveram início após a delação premiada do réu da
Lava Jato Lelis Teixeira. Segundo sua delação, o auditor da Receita
Federal, Marco Aurélio Canal, teria negociado o pagamento de propina
no valor de R$ 4 milhões para evitar uma multa contra a Federação
das Empresas de Transporte do Rio de Janeiro (Fetranspor), cujo
processo corria na Receita Federal.
Marco
Aurélio Canal é apontado como o chefe da quadrilha que atuava
dentro da Receita Federal usando peças de inquérito e processos
para forçar as vítimas a pagaram propinas em troca do cancelamento
de multas milionárias decorrentes de sonegação fiscal.
O
Ministério Público destacou que Marco Aurélio Canal tinha acesso a
informações sensíveis e relevantes acerca das investigações da
Operação Lava Jato, e detém conhecimento amplo de como funcionam
os órgãos de controle do Estado, ocupando relevante papel no âmbito
da Organização Criminosa.
Ainda
segundo o Ministério Público, foi identificada uma extensa rede de
lavagem de dinheiro. Entre os mandados de prisão estão pessoas
acusados de ajudar a ocultar os valores. De acordo com a Polícia
Federal, a investigação contou com auxílio da própria Receita
Federal e do Ministério Público.
Fonte: Conexão Política
Fonte: Conexão Política
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