Todos os equipamentos do Paranoá que podem oferecer cuidado e
atendimento às mulheres serão envolvidos no projeto
Na última terça-feira, para um auditório lotado de moradores da
cidade do Paranoá, foi lançado o programa Jornada Zero Violência
Contra Mulheres e Meninas. O projeto foi idealizado pela Secretária
da Mulher, Éricka Filippelli e conta com apoio de diversos órgãos
do Governo.
“Precisamos trilhar uma jornada juntos, para combatermos
diariamente todos os tipos de violência contra a mulher. O Jornada
Zero é um percurso com começo, meio e fim e não aceitaremos nada
menos que uma cidade livre de violência doméstica como nossa meta
mobilizadora”, disse a Secretária da Mulher Éricka Filippelli.
O administrador Regional do Paranoá, Serginho Damaceno, falou sobre
a importância de levar esse debate para as regiões administrativas
do Distrito Federal. “É chegada a hora de trabalhar pela vida das
mulheres da nossa cidade”, pontuou.
A delegada-chefe da 6ª Delegacia de Polícia, Jane Klebia, falou da
importância do Jornada, que, segundo ela, é uma pedra inicial na
construção de um movimento que busca a justiça, o respeito e a
vida plena para as mulheres. “Precisamos juntar forças para levar
o discurso de enfrentamento à violência contra as mulheres para
toda a sociedade”, afirmou.
O programa Jornada Zero Violência criado pela Secretaria da Mulher
em parceria com o Fundo de Populações da ONU, que tem como
finalidade a mobilização da sociedade e a articulação de toda a
rede de enfrentamento para o combate ao feminicídio e todas as
formas de violência contra mulheres e meninas.
O programa apresenta uma meta ousada quando se refere ao “Zero”,
justamente para reforçar que esse é um marco mobilizador que o
Governo e toda a sociedade precisam perseguir, já que estamos
falando de mortes violentas de mulheres pelo simples fato de serem
mulheres.
De 2015 a dezembro de 2018, de todas as vítimas de feminicídio,
72,8% não procuraram os equipamentos do Governo. 84% dos casos de
feminicídio ocorreram dentro da residência das vítimas. No
Paranoá, de janeiro a julho de 2019, foram registradas 277
denúncias.
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