Basta
"estudar história": não houvesse guerrilha armada de
esquerda para implantar o comunismo de Mao Tsé-tung, não haveria
AI-5 nem ditadura. É tão simples quanto parece
Po
Flávio Morgsnstern
Eu
não gosto do jeito dos Bolsonaros – todos eles – de
render loas a militares a porcaria do tempo todo. Aliás, foi um dos
maiores erros de análise no Brasil de Olavo de Carvalho: defendeu a
honra das Forças Armadas por décadas,
sendo o único no
país inteiro a se importar com o fato de as Forças
Armadas terem uma
honra, quando a ordem era sempre tratar militares como bactérias
dentro de um verme. Foi aparecer um governo de direita com militares,
e foram justamente os milicos que xingaram Olavo dia e noite,
acusando-o de ser guru de uma seita extremista.
Os
Bolsonaros não precisa ficar incensando Médici, Geisel ou um
tresloucado como Figueiredo a cada 5 minutos. Mesmo Castelo Branco e
Costa e Silva possuem muitos “senões”.
Aliás,
uma das grandes burrices dos intelectuais brasileiros é tratar todo
o regime militar como um bloco monolítico, quando justamente
alas opostas dos
milicos ficaram com o poder nas mãos durante os 21 anos – e
se temos militares fãs de Aldo Rebelo hoje, e também Mourão,
Heleno e Santa Cruz, imagine tratá-los como uma homogeneidade. Ou
alguém aí sabe que a política externa de Lula foi quase cópia…
do nacionalismo anti-americanista, brega e pró-Terceiro Mundo de
Costa e Silva?
E
Bolsonaro – e também Olavo – precisam explicar o que
querem dizer com “movimento de 64”, que falam presumindo que sua
platéia de 200 milhões de pessoas concorda com os termos e coaduna
de seus significados, o que não é verdade. A Marcha da Família com
Deus pela Liberdade, que foi o movimento de 1964, era
justamente contra o
risco de uma ditadura socialista no Brasil, pregando
abertamente por democracia.
O que veio depois do AI-5 foi uma deturpação do
movimento de 1964.
Assim,
Jair Bolsonaro nunca se faz claro quando defende 1964 (e exatamente
por isso não se defende outros anos). E gosta de falar frases que,
na prática, nem têm sentido, como chamar Ustra de “o terror de
Dilma Rousseff” (Ustra e Dilma nem sequer devem ter cruzado seus
caminhos durante a ditadura, e a frase vira mero chiste para
jornalistas passarem meses em seu virtue signaling mais
cafona).
Bolsonaro
ainda tem o vezo de elogiar qualquer ditador, desde que seja
anti-socialista, como Pinochet (potestas
sine autoritatem).
É preciso ficar claro e óbvio que qualquer
ditadura no planeta matou menos do que os comunistas,
mas nem por isso precisamos tratar ditadores rivais como “heróis”.
No máximo dos máximos como úteis.
A
própria ditadura militar brasileira tem como único mérito
ser anti-comunista: estatólatra, autocrática e, um dos piores
xingamentos que se pode fazer, positivista,
ao invés de entregar eleições em 6 meses como queria o povo
brasileiro na Marcha da Família de 64 (que reuniu 1 milhão de
pessoas quando o Brasil tinha menos de um terço da população
atual), ficou aboletada no poder, criando mastodontes dos quais até
hoje não conseguimos nos livrar, como Sarney, Maluf, 90% do DEM e
todos os coronelismo, sobretudo no Nordeste.
Pouca
gente sabe, mas o AI-5 foi fruto de uma vingança militar contra um
discurso do deputado Márcio Moreira Alves (que já vinha com o
discurso de “tortura” pronto). Em 2 de setembro de 68, o deputado
sugeriu que se boicotassem os desfiles de 7 de setembro, e sugeriu
a greve
Lisístrata (sic),
para as esposas dos militares não furunfarem enquanto não fosse
restaurada a democracia. Se nossos professores esquerdistas de
História fossem minimamente cultos, deitariam e rolariam nessa.
Hoje,
aspectos culturais brasileiros que são dados como “naturais”,
são na verdade fruto da ditadura – inclusive os mais
arrogados pela esquerda, como o vício em “diplomas”
(tecnocracia), os “estudos científicos” (positivismo), os cursos
técnicos substituindo a formação liberal humanista, o
anti-americanismo chumbrega, a política baseada em gigantes
construções de concreto armado para lidar com desemprego e
infra-estrutura (Lula é só um Maluf em larga escala).
Eduardo
Bolsonaro, que também sempre comenta sobre 1964 até quando não
precisa, causa o mesmo efeito: só convence quem já está
convencido, causa estranhamento em quem não entende – e quem
no Brasil teve um professor de história que não teve
um Che Guevara em nanquim sem tons de cinza tatuado na nádega
esquerda enquanto explica trotskysmo?
Mas,
isto posto, uma coisa precisa ser entendida neste país de uma vez
por todas: o governo militar, o AI-5, todo o regime de exceção que
se seguiu, foi uma resposta a
terrorismo, assassinatos, seqüestros, assaltos a banco e luta armada
da esquerda, que já engrossava o caldo desde pelo menos 1961,
partindo para medidas mais ousadas, como seqüestros de aeronaves e
até do embaixador americano no Brasil, após o golpe.
O
terceiro caso sobre discussão de AI-5 recente é emblemático: Paulo
Guedes comentou que Lula clama por uma agitação de nítido caráter
socialista (José Dirceu já falou que “voltarão”
com a bandeira socialista).
Afinal, Lula até compara a agitação que quer com a do Chile, que
está criando uma nova Constituinte vindo da oposição, com mais de
100 mortos, fechamento de aeroportos internacionais, depredação e
incêndios de igrejas. Em
resposta a
isso, disse para não se assustar se pedirem um AI-5.
Encontre
o sujeito da frase, jornalista. Paulo Guedes pediu um AI-5? Não.
Paulo Guedes defendeu um
AI-5? Não. Paulo Guedes viu como algo positivo e desejável
que alguém (repetindo,
jornalistas: A-L-G-U-É-M) peça um AI-5? Não. Ainda colocou uma
negatividade: “não se assustem se”. Só mesmo jornalista e uma
camorra de tamanho continental “alfabetizada” por Paulo Freire
não consegue encontrar o sujeito da oração simples, e interpreta
como uma defesa da ditadura.
Quer
falar de ditadura? Então vamos lá. Tente ler o Manifesto
da ALN e do MR-8 de
4 de setembro de 1969, quando seqüestraram o embaixador americano
Charles Burke Elbrick. Alguma menção à “democracia”, tão
alardeada hoje? Um pedido por liberdade de expressão, de voto livre,
de sopesamento entre poderes (hoje tão na moda entre socialistas e a
nova esquerda, a isentoleft)? Não, eles se arvoraram logo no
primeiro parágrafo em se orgulhar descrevendo o que eles próprios
faziam:
Grupos
revolucionários detiveram hoje o Sr. Charles Burke Elbrick,
embaixador dos Estados Unidos, levando-o para algum lugar do país,
onde o mantêm preso. Este ato não é um episódio isolado. Ele se
soma aos inúmeros atos revolucionários já levados a cabo: assaltos
a bancos, nos quais se arrecadam fundos para a revolução, tomando
de volta o que os banqueiros tomam do povo e de seus empregados;
ocupação de quartéis e delegacias, onde se conseguem armas e
munições para a luta pela derrubada da ditadura; invasões de
presídios, quando se libertam revolucionários, para devolvê-los à
luta do povo; explosões de prédios que simbolizam a opressão; e o
justiçamento de carrascos e torturadores.
Na
verdade, o rapto do embaixador é apenas mais um ato da guerra
revolucionária, que avança a cada dia e que ainda este ano iniciará
sua etapa de guerrilha rural.
Oh,
que jovens idealistas tão fofinhos assaltando bancos,
roubando armas de quartéis, invadindo presídios, explodindo
prédios e “justiçando” até os amiguinhos traidores (ouça
o episódio Justiçamentos
de esquerda na ditadura,
do nosso podcast Guten
Morgen)
para arrecadar fundos para transformar o Brasil nos campos de
extermínio de Pol-Pot! Quantas vezes lemos sobre estes anos nas
aulas de História, mesmo? Quantas vezes isto caiu no vestibular?
“Ah,
sou contra a ditadura” virou o mote arquetípico da esquerda. O seu
mito fundador. Tudo o que a esquerda soube fazer no Brasil foi dizer
que lutou contra a ditadura – logo, deve ser composta apenas
de anjos incorpóreos. Roubou no mensalão? Opa, eu lutei contra a
ditadura. Mandou dinheiro para Cuba? Mas veja bem, aqui, eu lutei
contra a ditadura. Cantou
a Internacional Socialista no
último encontro do Foro
de São Paulo?
Ah, mas eu lutei contra a ditadura. Mandou
matar o Celso Daniel?
Mas eu lutei contra a ditadura.
Ora, só
existiu ditadura porque a esquerda queria implantar o totalitarismo
socialista.
Não o Estado de Bem-Estar Social nórdico. Não era um Bolsa-Família
e um banheiro pra traveco. Era uma esquerda stalinista e maoísta
querendo implantar no Brasil o regime da Coréia do Norte, do
Camboja, da China, da União Soviética, baseados em trabalho
escravo, supressão de todas as liberdades, implantação de partido
único, genocídio de fazer Hitler parecer um iniciante.
Falavam
em luta de classes, em ditadura
do proletariado (ou
essa expressão também é invenção do guru astrólogo Olavo de
Carvalho?). E faziam isso matando
gente,
seqüestrando, explodindo carro-bomba em quartel, arrancando pernas
de pessoas em aeroporto no Recife ou na Avenida Paulista.
E
quem fazia isso? Loucos do passado que os esquerdistas “democráticos”
de hoje repudiam? Não. Dilma Rousseff. José Dirceu. José Genoino.
Toda a turma aboletada no PT e no PSOL. Estavam de armas em punho,
ameaçando a população inocente, sonhando em torná-los escravos de
sua ditadura do proletariado.
Dilma
e Dirceu chamam-se de “companheiros de armas” abertamente, sem
nenhum mochicho de reprovação de jornalistas. Dirceu já se negou a
responder se já matou alguém, dizendo que vai falar sobre isso em
futura auto-biografia. Nenhuma moção de repúdio da OAB, nada de
todos os comentaristas políticos do país passarem o dia reclamando
do absurdo, nenhum pedido do PSOL para perda de mandato.
Diga-se
mais: o próprio Ustra, o “torturador”, foi condenado em um
processo em que uma vítima diz apenas ter… reconhecido
sua voz.
Esta é toda a “prova” contra o grande “monstro”. E basta
escarafunchar um pouco em 90% de cada caso famoso de tortura na
ditadura para encontrar “erros” parecidos.
Por
que a violência de esquerda é “esquecida” nos livros de
história? Por que falam da esquerda como jovens visionários
“lutando contra a ditadura”, sendo que a ditadura militar
brasileira, já chamada de “ditabranda” pela própria Folha (e
que ditadura no mundo foi mais branda?), só existiu graças a
ela? Ou seja: não houvesse luta armada, não houvesse guerrilha
urbana, adeus, ditadura! É uma equação tão simples quanto parece.
Se
ainda fosse apenas uma questão pontual da história – quem
começou a pancadaria? – ainda poderíamos nos fingir de
patetas (é o que a população sob o socialismo sempre é) e fingir
que é só uma querela acadêmica. Mas toda a
narrativa, os valores, as referências da esquerda brasileira
dependem inteiramente disso
(vide como sempre defendem Dilma tratando a terrorista que assaltava
cofres como alguém que “lutou contra a ditadura e foi torturada”).
Acha
que a esquerda falando hoje em “falta de decoro” repudia Carlos
Marighella? Não, transforma o guerrilheiro marxista-leninista (ou
seja, stalinista) de sobrenome italiano, que escreveu um manual de
como assaltar bancos e explodir pessoas, como um negro em filmes (a
esquerda hoje é mais identitária do que Hitler).
Miriam Leitão, tão assustada com a fala de Eduardo Bolsonaro sobre
o AI-5, fazia parte de um grupo terrorista que aplicava suas
técnicas.
E
que tal Mauro
Iasi?
Que bonito falar com direitistas dirigindo-lhes estas palavras de
amor: “nós estamos dispostos a oferecer para você o seguinte: um
bom paredão, onde vamos colocá-lo na frente de uma boa
espingarda, com uma boa bala, e vamos oferecer, depois de
uma boa pá, uma boa cova”. Transcriação de
um poema de Bertold Brecht, ele disse. Imagine Bolsonaro dizendo que
com a esquerda só podemos lidar com espingarda, bala, pá e cova?
O
PCB já praticava “justiçamentos” de quem considerava
“traidores” desde a década de 30, como Tobias Warchavski (de 17
anos) em 1934, ou Walter Fernandes da Silva, que tentou salvar
Tobias, um ano depois. Isso depois de Coluna Prestes (criticada por
uma jornalista de extrema-esquerda, como Eliane Brum), as Ligas
Camponesas na década de 40, mas que se fortaleceram a partir de 59
(após Francisco Julião visitar a União Soviética), a luta armada
violentíssima a partir de 62, nas mãos do PCdoB, hoje capitaneado
pela fofinha Manuela Land Rover Dávila, vice na chapa de Haddad.
E
isso tudo antes de 64! Para não falar nas bombas no aeroporto de
Guararapes em 1966, além de outras seis bombas só em Recife, a
guerrilha rural (Bolsonaro passou a vida falando da guerrilha do
Araguaia), Carlos Marighella, Carlos Lamarca, a criação da
VPR-Palmares, o assalto ao Hospital Militar do Cambuci, atentado a
bomba no Consulado Americano de São Paulo, o atentado ao QG do II
Exército com a morte de Mário Kozel Filho (com participação
indireta [?] de Dilma Rousseff), as “jornadas de junho” (sic)
de 68, com queimas de carros e bombas, a morte do estudante Edson
Luís, o “justiçamento” do capitão do exército americano
Charles Chandler, o “justiçamento” do major do exército alemão
Edward Maximilian von Westernhagen, o assalto ao trem pagador (com
participação do motorista de Marighella, Aloysio Nunes Ferreira,
futuro ministro de FHC e Chanceler de Temer)…
Ah,
tudo isso foi antes do
AI-5.
Toda
a esquerda é baseada nisso. Todo o “horror” a Bolsonaro criado
por um complexo de professores, jornalistas e intelectuais, todos
em uníssono negando o terrorismo de esquerda no Brasil,
é baseado em tratar como “ditadura” apenas a ditadura
militar, negando que
ela foi uma resposta.
Como se o Brasil estivesse em plena democracia, tudo lindo, e os
militares, sem mais o que fazer, acordassem um dia e dissessem:
“Vamos dar um golpe?”, sem motivo algum. E tudo o que tentam
imputar a Bolsonaro, abusando de seu temperamento colérico e
irritadiço, é, de domingo a domingo, compará-lo a ditadores.
Um
corolário ainda mais curioso desta pantomima assassina é que a
esquerda pode fazer tudo contra
Bolsonaro ou qualquer conservadorismo, real ou suposto, que estará
lutando “contra a ditadura”. Para implantar um totalitarismo
brutal, basta dizer que seu inimigo que é um ditador.
Por exemplo, um esquerdista pode falar em “violência revolucionária” e que está “sedento de passar na faca todos os inimigos” (sic). Nenhuma notinha nos jornais. Mas se você der um tapinha na cara desse perigoso elemento para a sociedade, o ditador é você.
Mesmo o senador Humberto Costa (PT-PE) pode ameaçar o país deste jeito: comparando com o Chile, onde a esquerda está matando centenas, onde uma nova Constituição é feita queimando-se prédios públicos e igrejas. Algum esgar de lamento? De furdunço? De polêmica nacional?Faz uma semana que esta apologia escancarada à violência foi dita por um representante da "Liga dos Camponeses Pobres" durante evento na UERJ mas esquerdista nenhum reclamou. Diferente de Eduardo Bolsonaro, este senhor ñ possui imunidade parlamentar, mas pode cometer este crime? pic.twitter.com/ZrtN6Vd6iS— Douglas Garcia 🇧🇷 (@DouglasGarcia) November 1, 2019
A paciência do povo com a direita ultraliberal, fascista e entreguista está acabando em diversos lugares do mundo. @jairbolsonaro está com os dias contados. É questão de tempo. A hora do Brasil vai chegar. Anotem aí. https://t.co/YjnruZitNc— Humberto Costa (@senadorhumberto) October 19, 2019
O
pior de tudo: apesar de Eduardo Bolsonaro, como todos os Bolsonaro,
adorar soltar frases pouco refletidas, no caso da entrevista para
Leda Nagle, mais
uma vez, até
sua frase está correta quando é vista inteira: ou seja, se a
esquerda quer criar um Estado de sítio (e está
pregando abertamente, como se vê acima),
pode ser que a resposta seja, afinal, uma resposta militar.
Você
já reparou como sempre que
um esquerdista fala em “democracia”, a
palavra mais mal usada de todo o vocabulário político mundial,
ele está querendo dizer “comunismo”?
Ou
se enfia na cabeça de uma vez que o AI-5, afinal, foi uma resposta,
ainda que dada por péssimas pessoas com péssimas conseqüências,
ou ficaremos eternamente amuadíssimos e fazendo uma choradeira
ridícula por cada comentário anti-luta armada de esquerda no
Brasil, enquanto tratamos com a maior normalidade da vida gente que
explode inocentes e se orgulha de querer implantar comunismo maoísta.
Os
Bolsonaro tem o terrível vezo de defender um bando de tecnocratas
impostores e traidores do povo por não serem vermelhos. Mas todo o
ataque de mimimi com o AI-5 sempre revela uma falsa equivalência: só
na minúscula Cuba, com a população da cidade de São Paulo, o
Livro Negro do Comunismo (escrito por esquerdistas) estima que até
17 mil pessoas foram mortas em mais de meio século de ditadura
castrista. Inocentes, por não serem comunistas. Já na ditadura
militar brasileira, a esquerda estima em pouco mais de 400, a maioria
absoluta guerrilheiros comunistas de armas em punho.
Pois
que fique claro: se a esquerda quiser fazer guerrilha, o povo vai
amar se Bolsonaro ou qualquer outro fizer mesmo um
novo AI-5. Guedes
is right.
Fonte: Senso In Comum
Leia também: BOLSONARO VOLTA A FALAR EM MINISTRO EVANGÉLICO NO STF
Fonte: Senso In Comum
Leia também: BOLSONARO VOLTA A FALAR EM MINISTRO EVANGÉLICO NO STF
1 Comentários
Cada dia, vejo que Bolsonaro é o grande Salvador dessa pátria..!
ResponderExcluirVIVAAAAAAA 🙌
Obrigado pela sugestão.