O escritório comercial veio
seguido de declarações de Eduardo Bolsonaro confirmando a intenção
do Brasil de instalar uma embaixada na cidade
O Brasil abriu um escritório
comercial em Jerusalém neste
domingo 15, na presença de Eduardo Bolsonaro, filho do presidente
Jair Bolsonaro, que confirmou a intenção de seu pai de transferir a
embaixada do país para a Cidade Santa.
A abertura do escritório já
havia sido anunciada pelo presidente em março, durante visita a
Israel. Bolsonaro detalhou na ocasião que o escritório, que é uma
representação da agência brasileira de promoção de comércio e
investimento (Apex), seria responsável pelas áreas de ciência,
tecnologia e inovação e negócios.
O escritório comercial da Apex
não tem status diplomático, e a embaixada brasileira em Israel fica
hoje em Tel-Aviv, capital israelense. Mas, na cerimônia deste
domingo, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) reafirmou que
seu pai ainda deseja mudar a embaixada para Jerusalém. “Me disse
que é certo, é um compromisso, vai transferir a embaixada para
Jerusalém, fará isso”, afirmou.
O status da cidade de Jerusalém
é uma das questões mais complexas do conflito
israelense-palestino. Israel ocupa Jerusalém Leste desde a
guerra de 1967 e depois anexou a região, um ato que nunca foi
reconhecido pela comunidade internacional.
Israel considera toda a cidade
como sua capital, enquanto os palestinos querem transformar Jerusalém
Leste na capital do estado a que aspiram.
A maioria das embaixadas
estrangeiras está localizada em Tel-Aviv, para não interferir nas
negociações entre israelenses e palestinos. Em maio de 2018, os
Estados Unidos transferiram sua embaixada para Jerusalém por decisão
de Donald Trump, que historicamente tem relação ruim com os países
árabes e mais próxima a Israel.
O premiê israelense, Benjamin
Netanyahu, esteve presente na cerimônia de abertura do escritório
brasileiro ao lado de Eduardo e comemorou “o compromisso do
presidente Bolsonaro de abrir uma embaixada em Jerusalém no próximo
ano”.
“Queremos dar esse passo em
Jerusalém, não apenas para o Brasil, mas como um exemplo para o
resto da América Latina”, disse Eduardo, que também preside a
Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.
Fonte: Revista Exame
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