Segundo secretário de Segurança Pública, nova versão da
proposta também prevê incorporação gradual do auxílio-moradia
Por Francisco Dutra
Parcelas iniciais maiores e incorporação gradual do auxílio-moradia
são os eixos da nova proposta do Governo do Distrito Federal (GDF)
de reajuste salarial para a Polícia Militar e o Corpo de
Bombeiros. Segundo o secretário de Segurança Pública, Anderson
Torres (foto em destaque), o percentual final da recomposição será
o mesmo apresentado na primeira versão em 20 de novembro de 2019:
31,48%.
Os percentuais ainda estão na fase de cálculos. Segundo Torres, uma
das principais alterações no projeto é a antecipação de
percentuais maiores do reajuste para as primeiras parcelas.
Inicialmente, as taxas estavam dispersas nas seis parcelas, e o
aumento real só seria sentido após três anos.
São seis pagamentos de aumento. Cada um, com aproximadamente 5%. “O
que foi pedido foi assim: puxa 7% para a primeira e deixa uma com 3%,
lá na frente. Porque aí não tem redução salarial. Mas não é
aumentar a proposta”, explicou o secretário.
“O reajuste é um compromisso do governador Ibaneis
Rocha (MDB). É um reajuste alto para um GDF que já vem
passando por dificuldades financeiras”, afirmou Anderson Torres.
Auxílio-moradia
Inicialmente, a incorporação do auxílio-moradia seria toda na
primeira parcela. “A fórmula que o governo encontrou, até por
ideia de alguns militares que nos ajudaram, foi exatamente não
incorporar o auxílio-moradia de uma vez”, contou Anderson
Torres.
A incorporação gradual seria distribuída entre as seis parcelas do
reajuste. “Agora, a gente tem que ser honesto. Não é à toa que
esse auxílio-moradia foi questionado no Tribunal de Contas da União
e estava à beira de se perder. Nós estamos corrigindo um problema,
criado por governos anteriores”, pontuou o secretário.
Nós estamos resolvendo isso de forma definitiva. O policial vai ter
isso [o auxílio] dentro do salário. Vai levar para onde ele for,
para a reserva, a inatividade, ANDERSON TORRES, SECRETÁRIO DE
SEGURANÇA
Críticas
A integração imediata do auxílio na primeira versão do reajuste
despertou críticas de associações de PMs e bombeiros. Em
primeiro lugar, havia o receio de suspensão do pagamento antes de a
primeira parcela da revisão salarial ser creditada às categorias,
reduzindo os rendimentos entre R$ 1,2 mil e R$ 3,6 mil.
Além disso, a entidade temia que a incorporação gerasse um efeito
cascata nos contracheques, aumentando a cobrança de impostos e
dificultando o pagamento de pensões. Representantes dos militares
também criticaram a divisão inicial dos percentuais do reajuste,
justamente pela demora para o ganho do aumento real no contracheque.
Reforma nacional
“Quero deixar bem claro que as perdas alegadas por eles não foram
em razão dos cálculos do GDF, e sim da reforma da Previdência
dos militares, que, inclusive, todo salário vai diminuir. O meu, a
partir de março, diminui 5%. É uma diminuição considerável no
meu salário de delegado da Polícia Federal”, argumentou Torres.
“O GDF não vai pagar o aumento do tributo que o governo federal
vai fazer. Isso não vamos fazer. É uma política nacional para
salvar a previdência”, enfatizou o secretário do DF. Por outro
lado, ele garante que o Buriti vai mexer nos números sem aumentar
despesas para que os militares não sofram redução salarial, pelo
menos neste período inicial.
De acordo com o secretário de Segurança Pública do DF, a nova
versão deverá ser encaminhada para o Palácio do Planalto até
o final desta semana. Pelo fato de as forças de segurança do DF
serem custeadas pela União, o presidente Jair Bolsonaro (sem
partido) deve encaminhar o projeto para o Congresso Nacional.
Fonte: Metropoles.com
Segundo secretário de Segurança Pública, nova versão da
proposta também prevê incorporação gradual do auxílio-moradia
Por Francisco Dutra
Parcelas iniciais maiores e incorporação gradual do auxílio-moradia
são os eixos da nova proposta do Governo do Distrito Federal (GDF)
de reajuste salarial para a Polícia Militar e o Corpo de
Bombeiros. Segundo o secretário de Segurança Pública, Anderson
Torres (foto em destaque), o percentual final da recomposição será
o mesmo apresentado na primeira versão em 20 de novembro de 2019:
31,48%.
Os percentuais ainda estão na fase de cálculos. Segundo Torres, uma
das principais alterações no projeto é a antecipação de
percentuais maiores do reajuste para as primeiras parcelas.
Inicialmente, as taxas estavam dispersas nas seis parcelas, e o
aumento real só seria sentido após três anos.
São seis pagamentos de aumento. Cada um, com aproximadamente 5%. “O
que foi pedido foi assim: puxa 7% para a primeira e deixa uma com 3%,
lá na frente. Porque aí não tem redução salarial. Mas não é
aumentar a proposta”, explicou o secretário.
“O reajuste é um compromisso do governador Ibaneis
Rocha (MDB). É um reajuste alto para um GDF que já vem
passando por dificuldades financeiras”, afirmou Anderson Torres.
Auxílio-moradia
Inicialmente, a incorporação do auxílio-moradia seria toda na
primeira parcela. “A fórmula que o governo encontrou, até por
ideia de alguns militares que nos ajudaram, foi exatamente não
incorporar o auxílio-moradia de uma vez”, contou Anderson
Torres.
A incorporação gradual seria distribuída entre as seis parcelas do
reajuste. “Agora, a gente tem que ser honesto. Não é à toa que
esse auxílio-moradia foi questionado no Tribunal de Contas da União
e estava à beira de se perder. Nós estamos corrigindo um problema,
criado por governos anteriores”, pontuou o secretário.
Nós estamos resolvendo isso de forma definitiva. O policial vai ter
isso [o auxílio] dentro do salário. Vai levar para onde ele for,
para a reserva, a inatividade, ANDERSON TORRES, SECRETÁRIO DE
SEGURANÇA
Críticas
A integração imediata do auxílio na primeira versão do reajuste
despertou críticas de associações de PMs e bombeiros. Em
primeiro lugar, havia o receio de suspensão do pagamento antes de a
primeira parcela da revisão salarial ser creditada às categorias,
reduzindo os rendimentos entre R$ 1,2 mil e R$ 3,6 mil.
Além disso, a entidade temia que a incorporação gerasse um efeito
cascata nos contracheques, aumentando a cobrança de impostos e
dificultando o pagamento de pensões. Representantes dos militares
também criticaram a divisão inicial dos percentuais do reajuste,
justamente pela demora para o ganho do aumento real no contracheque.
Reforma nacional
“Quero deixar bem claro que as perdas alegadas por eles não foram
em razão dos cálculos do GDF, e sim da reforma da Previdência
dos militares, que, inclusive, todo salário vai diminuir. O meu, a
partir de março, diminui 5%. É uma diminuição considerável no
meu salário de delegado da Polícia Federal”, argumentou Torres.
“O GDF não vai pagar o aumento do tributo que o governo federal
vai fazer. Isso não vamos fazer. É uma política nacional para
salvar a previdência”, enfatizou o secretário do DF. Por outro
lado, ele garante que o Buriti vai mexer nos números sem aumentar
despesas para que os militares não sofram redução salarial, pelo
menos neste período inicial.
De acordo com o secretário de Segurança Pública do DF, a nova
versão deverá ser encaminhada para o Palácio do Planalto até
o final desta semana. Pelo fato de as forças de segurança do DF
serem custeadas pela União, o presidente Jair Bolsonaro (sem
partido) deve encaminhar o projeto para o Congresso Nacional.
Fonte: Metropoles.com
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